Diante das repetidas negativas do ex-diretor da Petrobras Renato Duque de responder as perguntas da CPI da Petrobras, o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS) propôs o fim da sessão e a convocação imediata da mulher do acusado.
O presidente da CPI, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), respondeu que o deputado tinha o direito de apresentar requerimento neste sentido, mas que o pedido não poderia ser votado em uma sessão convocada para ouvir depoimentos. Isso poderia ser feito apenas na próxima sessão deliberativa, marcada para a próxima terça-feira (24).
A decisão de Duque de permanecer em silêncio provocou outras reações dos deputados. O deputado Bruno Araújo (PSDB-PE) sugeriu uma mudança legal que permitisse a comissões parlamentares de inquérito oferecer, a exemplo da Justiça, as vantagens da delação premiada a acusados que concordassem em colaborar com as investigações.
Já o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), que é promotor de Justiça, adotou outra estratégia. Ele lembrou o exemplo do processo do Mensalão e elencou as diferenças entre as penas dos operadores financeiros e dos políticos acusados. “O operador Marcos Valério foi condenado a 40 anos de prisão, depois de se recusar a colaborar, ao passo que os políticos envolvidos foram condenados a penas brandas. O senhor será condenado a pelo menos 30 anos de prisão e não terá o apoio do PT”, disse. “Se eu pudesse lhe dar um conselho, eu falaria”, concluiu.
Renato Duque permaneceu calado durante todas as intervenções.
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