Apesar de atuar como promotor de Justiça em Mato Grosso há sete anos, Rinaldo Segundo decidiu buscar na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, a realização de um sonho que ele acredita ser possível até aos estudantes de baixa renda.

“Para quem deseja estudar nas universidades com melhores rankings do mundo, isso é possível. Existem vários programas de bolsas mesmo para os alunos mais pobres e há uma série de vantagens em cima disso”, considerou o promotor que ficou um ano em um programa de mestrado na universidade americana.

Durante entrevista ao Olhar Jurídico, o promotor, que desenvolveu sua dissertação de mestrado baseada no desenvolvimento sustentável da Amazônia, asseverou que devido sua atividade profissional não teve direito a bolsa de estudos, mas garantiu que existem muitos programas que possibilitam aos acadêmicos esse tipo de especialização, por meio das bolsas.

“Existem possibilidades para outras pessoas que não tem condições. Eu tinha esse sonho desde a infância e acredito que outras pessoas queiram isso. Querendo ou não essas universidades têm mais dinheiro e mais recursos e ações na bolsa para receber dividendos e doações”.

Pensando nisso, Rinaldo Segundo deve buscar, por meio de parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), realizar no segundo semestre do ano que vem um workshop voltado aos estudantes interessados em mestrados e doutorados nas principais universidades do exterior.

Segundo ele, o principal objetivo é motivar as pessoas que tem esse interesse e mostrar que isso é possível, pois existem vários programas disponíveis para os estudantes. “Às vezes as pessoas acham que essas coisas são impossíveis. A sua realidade determina a forma como você acha que pode ser”.

Uma das áreas que deve ser mais fomentada pelo promotor é a tecnológica. No ponto de vista dele, a carreira jurídica no Brasil já está saturada. “A idéia é oferecer bolsas justamente para áreas mais voltadas para tecnologia”, finalizou Rinaldo Segundo.