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Quarta-feira, 15 de maio de 2024

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PRERROGATIVA

Por falta de cela especial, advogado ficará sob regime de prisão domiciliar

A determinação judicial foi concedida ainda na quinta-feira à noite, por volta das 22h, pelo juiz plantonista Eviner Valério, a pedido da 22ª Subseção de Primavera do Leste da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Foto: Clique F5

Delegado Marcelo Jardim, responsável pelas prisões

Delegado Marcelo Jardim, responsável pelas prisões

O advogado Marcelo Alves Campos, de 32 anos, preso na quinta-feira (11) à tarde, em Primavera do Leste (200 km de Cuiabá), sob a acusação de extorquir um empresário daquele município, ganhou na Justiça o direito de ficar sob regime de prisão domiciliar, por falta de cela especial na delegacia de Polícia Civil.


A determinação judicial foi concedida ainda na quinta-feira à noite, por volta das 22h, pelo juiz plantonista Eviner Valério, a pedido da 22ª Subseção de Primavera do Leste da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Advogado e policial civil são presos acusados de extorquir empresário

A alegação da OAB do município para o magistrado de plantão é que houve constrangimento ilegal por Marcelo estar preso em flagrante desde as 14h em repartição policial, contrariando a prerrogativa constante do artigo 7º, inciso V, do Estatuto da Advocacia.

O artigo citado determina, em síntese, que advogados presos antes de sentença transitada em julgado não podem ficar em cela comum e devem permanecer em “Sala de Estado-Maior”, com instalações e comodidades condignas e, em sua falta, em prisão domiciliar.

O juiz Eviner Valério expressou, na decisão, que a prisão domiciliar valerá até que seja apreciado pela Vara Criminal da Comarca acerca da concessão ou não de liberdade provisória ou conversão da segregação em flagrante em prisão cautelar.

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“Fica o flagrado ciente de que deverá se recolher em sua residência em tempo integral, só podendo dela se ausentar com autorização judicial”, determinou o magistrado.

A acusação

Marcelo e o investigador da Polícia Civil Antônio José Polare Fonseca, conhecido “Polare”, são acusados pela polícia de extorquir um empresário daquele município. Conforme informações do delegado Marcelo Jardim, o advogado e o policial já teriam tirado cerca de R$ 10 mil da vítima. Os dois diziam ao homem que ele estava sendo investigado por homicídio e que ele deveria entregar dinheiro para a dupla.

A vítima falou para o delegado Marcelo Jardim que já estava sendo extorquido há quatro meses e então resolveu gravar as conversas com o advogado. Uma dessas conversas teve a participação do investigador de polícia. De posse da gravação, o delegado pediu a prisão dos dois acusados.

O investigador continua preso na delegacia.
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