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Segunda-feira, 13 de maio de 2024

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'pelo em ovo'?

‘MPF quer punir inocentes no caso sanguessuga’, acusa denunciado

Foto: Reprodução/ilustração

‘MPF quer punir inocentes no caso sanguessuga’, acusa denunciado
“O Ministério Público Federal (MPF) está procurando pelo em ovo para tentar punir alguém”, reclamou, ao Olhar Direto, nesta segunda-feira, um cidadão que entrou para a lista dos investigados no “caso sanguessuga”.


Desde a última semana, centenas de pessoas que compunham comissões de licitações para a compra de ambulâncias destinadas a vários municípios do interior no começo da década passada, estão sendo intimadas a apresentar defesa da acusação de formação de quadrilha.

A reclamação da fonte, que preferiu não se identificar, é que o MPF está fazendo uma “caça as bruxas”, tentando incriminar pessoas inocentes que participaram dos processos licitatórios.

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Conforme a fonte, há pessoas que foram inclusas na lista de denunciados que já tiveram inclusive bens bloqueados para futuro ressarcimento do rombo causado pela venda superfaturada de ambulâncias – cujo pilar era a empresa Planam, da família Vedoin, em Cuiabá.

Atesta a fonte de Olhar Direto, que participou de um processo licitatório e fez o que mandava a Lei das Licitações: escolheu a proposta com o menor preço. Disse, ainda, que nunca conversou com alguém da empresa Planam. “Nem nunca vi os Vedoin e ninguém dessa empresa, nem das outras duas que apresentaram proposta de preço na época”, reclamou o cidadão, afirmando que da mesma forma nunca conversou com deputados acusados de serem lobistas no caso das sanguessugas.

A pessoa denunciada relata que vai pedir ao juiz federal que analisará a denúncia, que faça a quebra do sigilo fiscal, bancário e telefônico para provar que nunca recebeu nenhuma propina por ter escolhido a proposta de preços mais baixa na concorrência em que participou.

Aduz também a fonte do OD que, na época, o município em que reside necessitava de ambulâncias e que pode até ter havido descuido por parte das comissões, mas nunca dolo. “Imagine para uma cidade com ambulância velha caindo os pedaços e surgir um convênio para comprar uma nova? Fizemos a licitação e definimos pela que considerávamos ser a melhor proposta”, comentou a fonte.

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Um dos argumentos do MPF para tentar incriminar os denunciados, é que não houve pesquisas prévias de preços no mercado local (no caso, em Sinop), e as cartas convites foram enviadas somente às empresas da capital. Porém, o denunciado relata que houve contato informal com as empresas do Nortão do Estado e que tais não mostraram interesse em participar, já que não dispunham do objeto específico da licitação – as ambulâncias.

A fonte de Olhar Direto finaliza apontando que o MPF está generalizando as denúncias, querendo que todos que participaram de comissões de licitações paguem pelo rombo causado por figurões que percorrem gabinetes de ministérios em Brasília.

“Na intimação que recebi não há acusação de recebimento de pagamentos indevidos, justamente porque nunca recebi propina. Os outros integrantes da comissão da época também foram intimados com denúncias iguais, sem apontar se alguém recebeu propina. O MPF quer que paguemos por fraude em licitações, sendo que os verdadeiros culpados e beneficiados com desvios de verba pública foram os empresários da Planam e alguns deputados que, até hoje, bem embaixo do nariz do MPF, destinam emendas parlamentares viciadas”, desabafa a fonte, que é assalariada em anda de bicicleta.
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