O Ministério Público Federal (MPF) em Mato Grosso instaurou inquérito civil público para apurar atraso na execução das obras da Copa do Mundo de 2014 e as causas da rescisão de contratos firmados entre o governo estadual e a empresa Ster Engenharia Ltda., responsável por trincheiras (Santa Isabel/ Verdão, Santa Rosa e Mário Andreazza/ Ciríaco Cândia) na avenida Miguel Sutil, em Cuiabá.

O procurador da República Rodrigo Golivio Pereira considerou, em portaria assinada na última terça (9), “fatos publicados em três diferentes jornais de Cuiabá sobre a saída da Ster, além do atraso em diversas obras da Copa”.

A Ster deixou as obras no início de março, quando o secretário Maurício Guimarães informou que a rescisão foi uma iniciativa da Secopa, pois a empresa já havia sido notificada várias vezes por "descumprimento de contratos".

TCU quer avaliação sobre termo aditivo do contrato de obra da arena Pantanal

Pereira determinou encaminhamento de ofício à secretaria extraordinária estadual da Copa (Secopa) requisitando informações sobre o caso e cópia dos contratos rescindidos. O Tribunal de Contas do Estado (TCE) deverá repassar ao MPF cópia do segundo relatório referente ao acompanhamento da execução das obras da Copa. No mês passado, o Ministério Público Estadual também anunciou que investigaria o caso envolvendo a Ster. 

De acordo com a Secopa, as trincheiras foram orçadas em R$ 49 milhões. Também na última terça, a secretaria anunciou a contratação emergencial de duas empresas para retomada das três obras interrompidas sob a alegação de que não há tempo para realização de novo procedimento licitatório. Anunciou ainda que as empresas que ficaram na segunda colocação na primeira licitação não demonstraram interesse em assumir as obras.