A defesa de Marcelo Takahashi, diretor financeiro de uma empresa de Filadelfo dos Reis Dias, preso durante a operação Téntaculos, desencadeada pela Gaeco por conta de uma suposta associação para a arquitetura de um atentado contra um empresário do ramos minerador, rebateu o Ministério Público Estadual (MPE) e afirmou que a Justiça não recebeu denúncia contra os acusados.

Segundo o advogado Eduardo Mahon, os acusados foram citados para apresentar resposta preliminar escrita para então ser avaliado de a Justiça ira ou não aceitar a denúncia do MPE. Para Mahon, “seria de esperar mais boa-fé do órgão acusador”, consta em trecho da nota enviado pelo criminalista.

Marcelo Takahashi é suspeito te ter participado de um suposto plano para atentar contra a vida de Valdinei Mauro de Sousa. Valdinei e seu amigo Wanderley Torres, dono da construtora Trimec, estavam visitando a mineradora localizada dentro de uma propriedade recém adquirida por Valdinei na região da Praia Grande, em Várzea Grande, quando foram surpreendidos na saída por quatro assaltantes.

Eles haviam assaltado funcionários da mineradora e tentaram fazer com que Valdinei e Wanderley descessem do veículo blindado em que estavam. Entretanto, eles resolveram não parar a camionete e acabaram alvejados por cerca de 20 disparos. Torres chegou a ser baleado.

Veja nota na íntegra:

NOTA À IMPRENSA,

A Defesa de Marcelo Takahashi, acusado na Operação Tentáculo, gostaria de esclarecer que o Judiciário não recebeu denúncia contra nenhum dos denunciados. O que o magistrado da 1a Vara Criminal de Várzea Grande fez foi determinar que os acusados fossem citados para apresentar resposta escrita, ainda preliminar para que, somente então, avalie se recebe ou não a denúncia do Ministério Público. O procedimento penal mudou e o recebimento da denúncia dá-se somente após a defesa dos acusados. Seria de esperar mais boa-fé do órgão acusador.

Estamos tomando medidas jurídicas adequadas para levar ao conhecimento do Poder Judiciário Mato-Grossense várias nulidades das investigações, antes mesmo do definitivo recebimento da denúncia. A Operação foi, não só pobre do ponto de vista probatório, como precipitada e irresponsável, a redundar inevitavelmente em nulidade e imprestabilidade das precárias provas até então produzidas. Das 5 mil horas de interceptações telefônicas, a ‘inteligência’ policial selecionou apenas 1 único trecho que seria comprometedor, mas que o próprio técnico/perito afirma que não há qualquer relação com o crime apurado. Um fiasco jurídico, enfim. Mais um, aliás.