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Segunda-feira, 20 de maio de 2024

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DÍVIDA DE R$ 77 MIL NO EMPRÉSTIMO

Caminhonete usada por fazendeira para fugir de cena de duplo homicídio é apreendida pela justiça

Foto: Reprodução

Caminhonete usada por fazendeira para fugir de cena de duplo homicídio é apreendida pela justiça
O juiz João Zibordi Lara autorizou a apreensão de uma caminhonete Ranger, avaliada em R$ 134 mil, obtida via financiamento pela fazendeira Inês Gemilaki junto à Sicredi. Inês está presa pelo duplo homicídio de Pilson Pereira da Silva, 69 anos, e Rui Luiz Bogo, 81, em Peixoto de Azevedo, no dia 21 de abril. O veículo foi usado por ela e seu filho, o médico Bruno Gemilaki, para fugir do local do crime. 


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A Sicredi ajuizou ação de busca e apreensão no dia 29 de abril contra Inês, que financiou a caminhonete em oito parcelas de R$ 22,6 mil, com vencimento em agosto de 2025. Porém, a partir do dia 6 de fevereiro, ela deixou de efetuar o pagamento e se tornou inadimplente pelos R$ 77,8 mil que não quitou.

Notificação extrajudicial foi emitida à fazendeira, informando sobre a mora nos pagamentos. O ofício foi devidamente entregue e recebido por ela. Porém, mesmo notificada, não cumpriu com as parcelas do empréstimo e a Sicredi teve que ajuizar a ação de busca e apreensão.

Com isso, a cooperativa pediu concessão para a busca e apreensão da caminhonete, além de requerimento para que seja impossibilitada a venda do veículo a terceiros. Requereu que a Justiça ordene a restrição e o recolhimento do bem por forças policiais, e que Inês seja obrigada a pagar o total da dívida indicada, acrescida das custas processuais.

Examinando o caso, o juiz João Zibordi Lara, substituto da 2ª Vara de Peixoto, deferiu a liminar de busca e apreensão, bem  como autorizou uso de força policial para que o bem seja confiscado.

No dia do duplo homicídio, Inês e seu filho Bruno Gemilaki invadiram casa particular do garimpeiro Erneci Afonso Lavall, alvo da dupla, situada na rua Thiago Magalhães Nunes, nº 1403, bairro Alvorada. “Piloto de fuga”, Edson Gonçalves ficou do lado de fora aguardando a consumação e ajudou na debandada.

Segundo as investigações, Lavall, ou “Polaco”, entrou na mira de mãe e filho por ajuizar uma ação de cobrança contra Inês, que alugou e morou nessa residência, mas deixou dívida de R$ 59 mil e estragou a construção.

Acontecia uma confraternização na casa quando mãe e filho invadiram o local. Em posse de um revólver, Inês disparou e matou Pilson e Rui Luiz, por engano. Ela queria matar Erneci Afonso, que sobreviveu.  O padre José Roberto Domingos também foi atingido pelos disparos, mas não morreu.

O trio se tornou réu por denúncia feita pelo Ministério Público do Estado (MPE) no último dia 3, assinada pelo Promotor de Justiça Alvaro Padilha de Oliveira. Eles continuam presos preventivamente. Pedido de indenização de R$1,8 milhão ainda não foi julgado.
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