O desembargador Hélio Nishiyama, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) negou nesta quinta-feira (14) um pedido de liberdade feito pela defesa do advogado Tallis de Lara Evangelisa, preso na última terça-feira (12), em Cuiabá, suspeito de atuar como o “braço jurídico” de uma facção criminosa que atua no Estado de Mato Grosso.
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Segundo as investigações da Polícia Civil, Tallis e outros 3 advogados passavam, por exemplo, informações da atuação em tempo real da polícia para criminosos.
A defesa de Telles apresentou um pedido de habeas corpus justificando a ausência de fundamentação na decisão da prisão e afirmando que nada de ilícito foi encontrado com o homem.
Diz ainda que a prisão foi decretada somente pelo fato do paciente prestar “serviços advocatícios, acompanhada de conjecturas não demonstráveis nos autos” e diz que a decisão da prisão não revelou nenhum elemento concreto que demonstrasse que o seu cliente rompe com a normalidade do exercício profissional.
Na decisão, o desembargador diz que a decisão que determinou a prisão de Tallis se baseia na premissa de que o ele atuou além dos limites legítimos da advocacia, pois, em tese, teria prestado auxílio criminoso ao Comando Vermelho. E destaca que as condições pessoais do advogado não vislumbram a necessidade da liberdade provisória.
“Neste cenário, sem conclusão meritória, não vislumbro, neste momento de cognição sumária, a presença de pressuposto autorizativo à concessão da tutela de urgência vindicada. Portanto, indefiro a medida liminar postulada”, decidiu o desembargador.