Olhar Jurídico

Segunda-feira, 29 de abril de 2024

Notícias | Criminal

segue preso

Suspeito se apresentou a Zampieri como capelão na primeira tentativa de execução de advogado

Foto: Reprodução

Suspeito se apresentou a Zampieri como capelão na primeira tentativa de execução de advogado
Antônio Gomes da Silva, preso suspeito de ter executado o advogado Roberto Zampieri, apresentou-se à vítima como capelão, mancando e fazendo uso de uma bengala. O investigado justificou que estaria interessado nos trabalhos do jurista. As informações constam na peça acusatória do Ministério Público que denunciou Antônio e mais dois pelo brutal crime.

Leia também
Acusados planejaram matar Zampieri a marretadas em fazenda, mas ele não compareceu no dia

 Na denúncia, os promotores informaram que, após ter sido contratado pelo coronel do Exército Brasileiro (EB) Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, Antônio veio a Cuiabá e procurou a vítima sob o falso pretexto de contratar seus serviços profissionais.
 
Antônio disse a Caçadini que tinha um sobrinho que residia no Estado do Texas (EUA) e que ele estava querendo adquirir uma propriedade rural para criar vacas que produzissem leite “nan”.
 
Na peça, os promotores ainda deixaram claro que Antônio se apresentou a Zampieri com seu nome e número de telefone verdadeiros. “Fez questão de adotar um esdrúxulo ‘disfarce’, se apresentando como capelão, mancando e fazendo uso de uma bengala”, diz trecho do documento.
 
Após ter “convencido” Zampieri, Antônio marcou uma visita a uma propriedade rural com o advogado, onde, segundo ele mesmo admitiu, mataria o advogado fazendo uso de uma marreta. No entanto, na data marcada, a vítima mandou um amigo em seu lugar, “o que provocou evidente desapontamento em Antônio Gomes”.
 
Depois da ação frustrada, Antônio pediu a Hedilerson Fialho Martins Barbosa, 53 anos, para que o comparsa trouxesse uma arma de fogo para execução do crime. O executor disse durante depoimento à Polícia Civil que mentiu que havia perdido duas armas que tinha em blitz policial.
 
Barbosa atendeu ao pedido de comparsa e trouxe uma pistola 9 milímetros a Cuiabá, inclusive com autorização da Polícia Federal. O intermediário ficou hospedado no mesmo hotel que Antônio. Foi no empreendimento que a arma foi entregue ao executor.
 
O que é um capelão
 
O termo "capelão" refere-se a um profissional religioso que atua em ambientes não eclesiásticos, como hospitais, prisões, instituições militares, universidades, empresas e outros locais. O papel do capelão é oferecer apoio espiritual, aconselhamento e assistência religiosa a pessoas em situações diversas, independentemente de sua afiliação religiosa.
 
Geralmente, os capelães são membros ordenados de uma comunidade religiosa específica e têm a formação necessária para lidar com questões espirituais e emocionais. Eles desempenham um papel crucial no suporte às pessoas em momentos de crise, luto, doença ou transição, oferecendo palavras de conforto, orações e orientações espirituais.
 
A denúncia
 
A denúncia do MPMT é assinada pelos promotores de Justiça Samuel Frungilo (21ª Promotoria Criminal), Marcelle Rodrigues da Costa e Faria (28ª Promotoria Criminal), Vinícius Gahyva Martins (1ª Promotoria Criminal) e Jorge Paulo Damante Pereira (2ª Promotoria Criminal).
Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet