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Sexta-feira, 26 de julho de 2024

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DEFESA PREPARA HC

Justiça mantém prisão de ex-secretário, advogado e demais integrantes de suposto esquema que desviou R$ 87 mi

Foto: Reprodução

Justiça mantém prisão de ex-secretário, advogado e demais integrantes de suposto esquema que desviou R$ 87 mi
O ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Célio Rodrigues, e o advogado Hugo Castilho, alvos da operação Cartão-Postal, deflagrada para desarticular esquema de desvio que se instalou na gestão da Saúde de Sinop, foram mantidos presos após audiência de custódia nesta quinta-feira (19), por decisão do juiz João Francisco Campos de Almeida. O caso corre em segredo de Justiça e a informação foi confirmada pela defesa de Célio. O defensor Ricardo Spinelli afirmou que o pedido de revogação das detenções aguarda manifestação do Ministério Público. No entanto, enquanto isso, ele já está ajuizando habeas corpus no Tribunal de Justiça (TJMT). 


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Além dos dois, Jefferson Geraldo Teixeira, sócio de Hugo e apontando também como um dos líderes do grupo, Roberta Arend Rodrigues Lopes, Elisangela Bruna da Silva e João Bosco da Silva também foram mantidos presos após a custódia. 

Jefferson é apontado nas investigações como sendo o responsável por gerir o Instituto que firmou contrato com a prefeitura de Sinop para subcontratar a empresa Medclin, uma das companhias usadas para o desvio milionário, de R$ 87 milhões. 

Roberta é acusada de ser a responsável por gerir a execução do contrato de aluguel de ambulâncias e seria quem indicava contas bancárias para a lavagem de capitais. Elisângela é servidora pública de Sinop e apontada como Fiscal dos contratos firmados entre o Município e o Instituto de Gestão de Políticas Públicas (IGPP). João Bosco é denunciado como sendo um dos laranjas do grupo, responsável por receber vultuosas quantias de dinheiro. 

Eles são investigados pelos crimes de organização criminosa, peculato e lavagem de capitais. A Operação Cartão-Postal foi deflagrada nesta quinta-feira (19), pela Polícia Judiciária Civil, que identificou a atuação de suposta organização criminosa que seria bem estruturada em hierarquia, divisão de tarefas entre seus componentes e que teria sofisticado esquema de atuação em conexão com o Poder Público Municipal, cujo objetivo principal era fraudar a prestação do serviço de saúde na cidade, para obter lucro mediante repasses financeiros aos líderes do esquema.

Foi verificado que o Instituto de Gestão de Políticas Públicas, contratado para gerenciar a pasta da Saúde de Sinop, teria sido especialmente ajustado para assumir a prestação do serviço de forma precária, tendo em vista diversas alterações formais que aconteceram em sua composição no mesmo período em que disputava a dispensa de licitação para assumir tais atividades, entre maio de junho de 2022.

Essa organização social voltou a vencer dispensas de licitação ocorridas entre outubro e novembro de 2022 e entre abril e maio de 2023, de modo que continua a atuar na cidade até hoje.

Com base nas investigações, foi determinado o bloqueio de valores das contas bancárias de 34 pessoas físicas e jurídicas, o sequestro de bens móveis de 21 alvos e o sequestro de bens imóveis de outros oito alvos, a fim de recompor os cofres públicos no montante de R$ 87.419.285,01, que é o valor global de três contratos celebrados entre Sinop e a organização social que gerencia a Saúde da cidade.
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