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Terça-feira, 14 de maio de 2024

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PREJUÍZO DE R$ 500 MILHÕES

Juíza sequestra fazenda, sítios e carros de servidores que foram afastados da Sema suspeitos de fraudes em CARs

Foto: Reprodução / Ilustração

Juíza sequestra fazenda, sítios e carros de servidores que foram afastados da Sema suspeitos de fraudes em CARs
Na mesma decisão que recebeu a denúncia contra os servidores afastados da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Ronnky Chaell Braga da Silva e Alessandro Pontes Gomes, a juíza Ana Cristina Mendes determinou o sequestro de uma fazenda, dois sítios, duas caminhonetes e dois carros. Ambos são alvos da Operação Loki, deflagrada nessa quinta-feira (31) para apurar prejuízos de R$ 495 milhões que eles supostamente causaram provenientes de fraudes em Cadastros Ambientais Rurais (CARs).


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Dentre os imóveis sequestrados pela magistrada constam um sítio de recreio localizado no Coxipó do Ouro, em Cuiabá, em nome de Ronnky e sua esposa, Cácia Priscila Machado, sítio Nova Aliança, de 2,1633 hectares, em Santo Antônio do Leverger, propriedade de Ronnky e a fazenda Ouro Verde, em Rosário Oeste, também registrada no nome dele.

Além disso, a juíza da 7ª Vara Criminal bloqueou uma caminhonete S10 LTZ, uma picape Mitsubishi Outlander 2.0, um Toyota Etios e uma VW Parati 1.6.

Ronky Chaell Braga da Silva (ex-candidato a deputado estadual) e Alessandro Pontes Gomes (ex-superintendente de regulamentação) são velhos conhecidos da Justiça. Isso porque ambos foram presos na Operação Polygonum, deflagrada em 2019 contra ações fraudulentas na secretaria e agora responderão a Processo Administrativo Disciplinar, já que foram afastados pela pasta.

No último dia 29, a juíza Ana Cristina Silva Mendes recebeu denúncia movida contra eles e Cacia Priscila Machado de Oliveira, pelos Crimes de Integração à Organização Criminosa, lavagem de dinheiro e Crimes Ambientais.

Na tarde de ontem (31), o setor ambiental do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) deflagrou a “Operação Loki”, desdobramento da Polygonum, para desarticular grupo criminoso que teria fraudado Cadastros Ambientais Rurais (CARs) na Sema e laudos tipologias de vegetação em imóveis situados na Amazônia Legal.

Até o momento, já foram levantados prejuízos ambientais no valor de R$ 495 milhões, além do sequestro de R$ 500 milhões. Foram realizados desmatamentos ilegais em 20 mil hectares.

Em cinco anos, Ronky, que à época dos fatos (ano de 2019) recebia remuneração mensal líquida de R$11.620,82, movimentou em sua conta, entre créditos e débitos, o valor de R$ 12,3 milhões. Desse montante, conforme apurado na investigação, pelo menos R$ 798.521,36 foram depósitos em espécie.

Segundo o Gaeco, em cumprimento a mandado de busca e apreensão realizado durante as investigações, em momento anterior à Operação, foram apreendidos na casa de Alessandro R$ 86 mil em espécie, considerados como de origem ilícita. 

 
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