Olhar Jurídico

Quinta-feira, 09 de maio de 2024

Notícias | Criminal

Furto e receptação de motos

Justiça mantém prisões de 13 envolvidos em suposto grupo criminoso que movimentou R$ 12 milhões

Foto: Reprodução

Justiça mantém prisões de 13 envolvidos em suposto grupo criminoso que movimentou R$ 12 milhões
O juiz Jean Garcia Bezerra recebeu denúncia e manteve a prisão de 13 envolvidos em suposta organização criminosa que promoveu furtos e receptações de motocicletas, destinadas ao desmanche e comércio no mercado clandestino na capital, detidos no âmbito da Operação Avalanche, deflagrada pela Polícia Civil em abril. Estima-se que a somatória do prejuízo causado às vítimas seja de aproximadamente R$ 12 milhões. Dentre os presos estão os donos das empresas Americana Motos, Center Motos e XTREME, todas especializadas no ramo. A decisão do magistrado circula no diário oficial de Justiça desta segunda-feira (3).


Leia mais
Operação prende suposto integrante de organização criminoso que roubou R$ 12 milhões em motos

 Conforme a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), quem liderava a organização era Oneilson Ramos dos Santos, vulgo “Batata” ou “Gordinho”. Ele articulava rede de pessoas para desenvolverem funções específicas dentro do grupo.

As investigações apontaram que ele contou com o apoio de sua ex-convivente e da atual, ambas com as mesmas funções de divulgar os veículos, receber valores e auxiliar na comercialização, sendo inclusive fornecida por uma delas a residência de sua mãe para o desmanche de veículos.

Foi demonstrado que Batata procurava motos para furtar e receptar. Depois disso, ele acionava os falsificadores de placas (que também tiveram a prisão mantida) para fabricar as identificadoras falsas, promovendo adulterações no sinal de identificação das motos.

Relatório investigativo revelou, por meio de diversos áudios em que Batata conversava com seus interlocutores, a prática delitiva de furto e receptação de motocicletas e suas respectivas peças, além da encomenda de placas falsificadas para tentar ocultar a origem ilícita dos bens e viabilizar a sua venda para terceiros.

Portanto, o MPE conseguiu mostrar que Oneilson exercia a liderança do grupo investigado, inclusive com distribuição dos lucros das atividades criminosas. Ademais, ele tem folha de antecedente criminais em que responde a ação penal pelo crime de posse ilegal de arma de fogo, em trâmite perante a 4ª Vara Criminal.

O MPE, então, acusou 22 envolvidos no esquema com base nas informações expostas na denúncia, em que evidenciaram as ações de suposta organização especializada em furto e receptação de veículos, notadamente motocicletas, destinadas, sobretudo, ao desmanche, alimentando o mercado clandestino de peças veiculares, causando enorme prejuízo às vítimas e à cadeia produtiva correlata, como seguradoras, concessionárias, oficinas, autopeças e demais empresas do ramo.

O magistrado acatou a denúncia em face de todos, mantendo presos treze deles: Oneilson Ramos dos Santos, Adalberto José de Macedo, vulgo “Betinho”, Rafaela Fernandes Vilas Boas, Antony Correa Nascimento, Fernando Erife Rojas, vulgo “Branco”, Marcos Marcelo Coelho Monção, vulgo “Marcelinho”, José Augusto Cassiano, vulgo “Gordão”, Kenaldy Arruda de Souza, Eleandro Lima da Silva, vulgo “Careca”, Everton de Moura Alves, vulgo “Saci”, Marcos Torres Vieira, Jocinei de Oliveira, vulgo “Tio” e Ronan Gabriel da Silva Oliveira.

Todos eles possuem passagem criminal e o magistrado levou em conta a possibilidade de reiteração delitiva para manter suas prisões.

Ainda conforme a denúncia, Oneilson envolvia os receptadores para os produtos furtados: “Saci”, dono da Americana Motos e Felipe Ribeiro, proprietário da Center Motos, bem como “Marquinhos Xtreme”, dono da Xtreme, “Gordão”, dono de um lava jato e Careca, proprietário da oficina Leandro Motos.

Ao cederem respectivos estabelecimentos para receptar e comercializar as peças das motocicletas furtadas, demonstraram ser amistosos e amigos das lideranças do grupo.

“Cuida-se de prática delitiva que visa, principalmente, motocicletas de baixo valor, atingindo, vítimas com baixo poder aquisitivo, que se utilizam do veículo para as atividades diárias causando, assim, efetiva deturpação da ordem pública”, fundamentou o magistrado ao proferir sua decisão pelo recebimento da denúncia e manutenção das prisões.

Avalanche

A Operação Avalanche foi deflagrada no dia 26 de abril pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos (DERFVA), da Polícia Civil. A operação teve como alvo uma organização criminosa especializada na subtração de aproximadamente 1.200 motocicletas. Estima-se que a somatória do prejuízo causado às vítimas seja de aproximadamente R$ 12 milhões. 
Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet