Olhar Jurídico

Segunda-feira, 20 de maio de 2024

Notícias | Criminal

HOMICÍDIO QUALIFICADO

Justiça marca julgamento de rapaz que matou adolescente em 'brincadeira' de roleta-russa

Foto: Reprodução

Justiça marca julgamento de rapaz que matou adolescente em 'brincadeira' de roleta-russa
O juiz Murilo Moura Mesquita, da 1ª Vara Criminal de Várzea Grande, designou para o dia 12 de abril a audiência de instrução e julgamento de Ivan Luiz Alves da Silva, autor da morte de Victor Hugo de Araújo, adolescente de 16 anos que foi vítima da “brincadeira” chamada “roleta-russa”. O crime aconteceu em agosto de 2016 e Ivan foi preso pela Polícia Civil em junho de 2017. Decisão que marcou o júri foi publicada nesta quinta-feira (12).


Leia mais: 
Mato-grossense acusado de armar bomba perto do aeroporto de Brasília vira réu
 
As investigações apuraram que no dia do crime, Ivan Luiz, à época com 19 anos, convidou a vítima Victor Hugo e outro adolescente para jogarem sinuca no lava jato, que era sócio no bairro Jardim Manaíra.

Chegando lá, o suspeito apareceu com um revólver apontando, ora para um menor ora para outro, brincando de roleta russa (quando uma só munição fica no tambor da arma, que é girado e apontado o cano da arma para outro e apertado o gatilho).

Em um primeiro momento, ele apontou a arma para a cabeça do adolescente, amigo da vítima, que não disparou. Novamente ele girou o tambor do revólver e mirou para a cabeça do menor Victor Hugo. Desta vez a arma disparou acertando o crânio do lado esquerdo do garoto.

A Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP prendeu, em junho de 2017, o autor do assassinato do adolescente, ocorrido em 30 de agosto de 2016.

De acordo com a Polícia, o autor do crime teve a prisão expedida pela 1ª Vara Criminal de Várzea Grande, nas investigações do inquérito policial presidido pela delegada, Ana Cristina Feldner. Ele recebeu voz de prisão, no local de trabalho, em uma pastelaria, na Avenida Getúlio Vargas, em Cuiabá.

A vítima não tinha nenhum registro infracional. “Era um jovem que tinha tudo para progredir e teve a vida interrompida”, disse a delegada Ana Cristina.

Já o preso apresenta vasta ficha de atos infracionais cometidos enquanto menor de idade. Seu sócio no antigo lava jato, de prenome Daniel, está preso em Campo Grande (MS) por roubo.

O caso foi enquadrado por tentativa de homicídio qualificado por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa do ofendido, homicídio qualificado por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa do ofendido e porte ilegal de arma de fogo,

O juiz Murilo Moura, então, analisou os autos e concluiu que há satisfatória exposição dos fatos em relação ao crime, com todas as circunstâncias evidenciadas até o momento de sua decisão, publicada na última quinta.  

“Diante do exposto, recebo o aditamento da denúncia. Para prosseguimento do feito, acolho o requerimento contido na manifestação ministerial e designo o dia 12.04.2023, às 16h30min, para a realização de audiência de instrução e julgamento, oportunidade em que será tomado novo interrogatório do acusado, acerca do aditamento à denúncia oferecido pelo Ministério Público”, decidiu o magistrado.
Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet