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Terça-feira, 14 de maio de 2024

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mensagem do vereador

Quebra de sigilo telefônico aponta que Paccola se enganou em confusão que gerou morte de agente socioeducativo

Foto: Reprodução

Quebra de sigilo telefônico aponta que Paccola se enganou em confusão que gerou morte de agente socioeducativo
Relatório técnico produzido pela Polícia Civil (PJC) sobre quebra de sigilo telefônico do vereador Marcos Pacolla, denunciado por homicídio qualificado praticado contra o agente socioeducativo, Alexandre Miyagawa de Barros, aponta que o próprio acusado descarta que a vítima estaria ameaçando a namorada. Paccola sinaliza que se enganou no contexto da confusão envolvendo terceiros.  


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O crime foi cometido no dia 1º de julho de 2022, por volta das 19h40, na Rua Presidente Arthur Bernardes, no bairro Quilombo. Segundo apurado, a vítima estava na companhia de sua convivente Janaina Maria Santos Cícero de Sá Caldas.
 
Consta na denúncia que Janaina se encontrava na condução do veículo do casal e, inadvertidamente, ingressou na Rua Presidente Arthur Bernardes em alta velocidade e na contramão da direção, oportunidade em que parou o carro, desceu do veículo e, visivelmente descontrolada, passou a discutir e xingar as pessoas que se encontravam na referida via pública.

Depois fui ver que na verdade ela mandou sacar, e na verdade o cara não tava indo para matar ou agredir ela.


Conforme apontado pelo MPE, Janaína instigou Alexandre para que sacasse a arma de fogo que trazia consigo, o que efetivamente foi feito, em aparente objetivo de evitar que a própria se apossasse da arma que trazia em sua cintura, bem como com a intenção de dissuadir que as pessoas que por ela eram xingadas viessem a investir contra ela.
 
Segundo quebra de sigilo telefônico, mensagem enviada por Paccola no dia dois de julho afirma: “a impressão que eu tive, é um cara armado normalmente, o homem não usar arma para ameaçar a mulher, então se ele sacou armas entendimento né como técnico era que ele tava levando ela ia matar ela”.

Em seguida, outra mensagem, também do dia dois de julho, afirma: “Nós tecnicamente falando, quando você tem um homem que saca uma arma para mulher normalmente ele mata, ele mata ela então nessa situação é o que eu tinha na cabeça né, depois fui ver que na verdade ela mandou sacar, e na verdade o cara não tava indo para matar ou agredir ela, na minha cabeça na imagem e no cenário e com tudo que eu ver esse vídeo informação e no contexto a primeira coisa que imaginei que ele fosse matar ela”.
 
O MPE enfatiza que os três disparos efetuados pelo vereador “nas e pelas costas da vítima” impossibilitaram “qualquer chance de defesa”. Caso pronunciado, Paccola será julga pelo Júri Popular de Cuiabá.
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