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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Advogado cita 'complexidade' e pede que julgamento por morte do tenente Scheifer seja remarcado

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Advogado cita 'complexidade' e pede que julgamento por morte do tenente Scheifer seja remarcado
O advogado Marciano Xavier, que atua nas defesas de Joailton Lopes de Amorim e Lucelio Gomes Jacinto, requereu redesignação da audiência inicialmente marcada para 22 de julho em processo pela morte do tenente Carlos Henrique Scheifer, do Batalhão de Operações Especiais (Bope). O mesmo processo aciona ainda Werney Cavalcante Jovino. Pedido será examinado na Vara de Justiça Militar de Cuiabá.

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A defesa pede designação de nova data sob o argumento de que “trata-se de processo extremamente complexo, com inúmeros depoimentos a serem debatidos e demonstrados aos julgadores, além de perícias, áudios, vídeos, etc., o que será melhor operacionalizado se o julgamento ocorrer de forma presencial”.
 
“Diante disso, requer seja redesignada a sessão de julgamento para data futura, observando-se o retorno normal do expediente forense com a abertura para audiências/julgamentos presenciais”, pede manifestação de terça-feira (14).
 
Em alegações finais, o promotor de Justiça Paulo Henrique Amaral Motta, do Ministério Público de Mato Grosso (MPE), pediu absolvição de dois militares processados. Conforme o órgão acusador, apenas Lucélio Gomes Jacinto deve ser condenado.
 
A motivação do crime, segundo o MPE, foi evitar que a vítima adotasse medidas contra os denunciados que pudessem resultar em responsabilização e, até mesmo eventual perda da farda, por desvio de conduta em uma operação que culminou na morte de um suspeito de roubo na modalidade “novo cangaço”.

Consta na denúncia que Scheifer foi atingido por um disparo frontal efetuado pelo próprio colega de farda na região abdominal em um local que havia sido, no dia anterior, palco de confronto entre policiais e suspeitos de roubo.

Exame de confrontação balística feita no projétil que ficou alojado no corpo da vítima constatou que o disparo que culminou na morte do 2º Ten PM Scheifer partiu do fuzil portado pelo acusado Lucélio Gomes Jacinto.

Por outro lado, no que tange aos acusados Joailton Lopes de Amorim e Werney Cavalcante Jovino, o MPE argumenta que “tais elementos não se apresentam de forma inequívoca nos autos, inexistindo arcabouço probatório suficiente que demonstre que os réus concorreram para a aludida conduta criminosa”.

Apesar das incongruências entre os depoimentos e versões apresentadas, não é possível a conclusão de que, em unidade de desígnios e identidade de propósitos com o acusado Lucélio Gomes Jacinto, os réus Joailton e Werney mataram a vítima, finaliza o órgão.
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