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Sábado, 18 de maio de 2024

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Presa suspeita de participar de esquema na Sema vai para cela no Corpo de Bombeiros

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Presa suspeita de participar de esquema na Sema vai para cela no  Corpo de Bombeiros
Presa na operação Dríades, a ex-assessora parlamentar da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL-MT), Jacymar Capelasso, foi transferida  hoje, 27,  para unidade do Corpo de Bombeiros, instalada em Cuiabá. A defesa dela, patrocinada pelo advogado Ricardo Spnelli, protocolou ainda no Tribunal de Justiça (TJMT) habeas corpus. 


A determinação deve-se a curso superior de Jacymar, presa acusada de participar de um suposto esquema que gerou prejuízos na ordem de R$ 104 mi ao Estado por meio de fraudes envolvendo sistema da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). A apuração iniciou após auditoria com a nova gestão, a partir de janeiro de 2015. No total, oito pessoas foram detidas na ação.

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A operação foi desencadeada na quarta-feira, 26, pelo Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e levou à prisão sete pessoas.

Segundo o Gaeco, para burlar os Sistema – SISFLORA/CC-SEMA, as madeireiras de Mato Grosso realizavam uma venda simulada de produtos florestais para madeireiras situadas nos Estados do Pará e Goiás. Ficou constado que a fraude tinha seu início e término no Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais–MTSISFLORA/MT. Entretanto, para efetiva consolidação da fraude era necessário que essa transação utilizasse outros dois sistemas de controle de produtos florestais: o DOF vinculado ao IBAMA e o SISFLORA-PA, vinculado à Secretaria do Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará.

De acordo com os promotores de Justiça que atuaram no caso, ficou comprovado a participação de dois servidores que exerciam a função de Administradores do Sistema nas transações fraudulentas. Pois seriam eles os responsáveis em autorizar a venda de produtos florestais para outros Estados, especialmente os da região amazônica (no caso em tela, o Estado do Pará).
 
A auditoria realizada pela própria Sema detectou  que quatro madeireiras localizadas neste Estado de Mato Grosso fraudaram o SISFLORA – CC/SEMA, emitindo e, logo em seguida, cancelando guias florestais no Sistema, com o objetivo de gerar créditos florestais para diversas madeireiras dos Estados do Pará e Goiás. Essa autorização de venda de produtos florestais para os Estados de Pará e Goiás, foi indevidamente autorizada por servidores da SEMA, os quais teriam recebido vantagem indevida para tal fim.

Apurou-se que assessores parlamentares e até mesmo uma vereadora, teriam oferecido vantagem indevida para que a fraude ocorresse. De outro lado, quatro madeireiras do Estado de Mato Grosso, através de seus representantes legais, operacionais e engenheiros florestais, contribuíram para que a fraude fosse concretizada, gerando créditos florestais para diversas madeireiras no Estado do Pará e Goiás.
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