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Domingo, 19 de maio de 2024

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Maksuês afirma para juíza que sofre pressão para retratar delação premiada

Foto: Reprodução

Maksuês afirma para juíza que sofre pressão para retratar delação premiada
O ex-deputado estadual Maksuês Leite afirmou ao Ministério Público Estadual e a juíza Selma Regina, da 7ª Vara Criminal, que sofreu “muita pressão” para voltar atrás e se retratar dos depoimentos e do acordo de delação premiada feitos com a Justiça sobre os esquemas de desvio de verbas públicas com o uso de falsas compras de materiais gráficos.


Sem citar nomes específicos, Maksuês afirmou que, após o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) deflagrar a operação e vazar para a imprensa o acordo de delação, ele passou a sofrer a pressão. Contudo, teria sempre dito negado os pedidos e se mantido fiel ao acordo feito com a Justiça.

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“Quero ter a liberdade de não falar nomes. Nunca fui ameaçado, mas fui muito pressionado a voltar atrás”. “Pressionado assim... para retratar. Mas disse sempre não. Vou até as ultimas consequências, tanto no cível quanto no criminal”, disse Maksuês, após pergunta feita pelo MPE.




O ex-parlamentar também garantiu ter cumprido o acordo de sigilo, um dos requisitos para a colaboração premiada. Segundo ele, somente após a operação é que souberam do acordo feito. “Foi depois (da Edição Extra). Foi quando vazou para imprensa. Eu nunca comentei com ninguém. Senão ia perder o benefício meu também. Não tinha nada. Foi quando vazou para comunicação que entenderam que eu havia feito um acordo de colaboração”.

Edição Extra

Deflagrada pela Delegacia Fazendária, a operação Edição Extra investiga fraudes em licitações ocorridas em 2011, na Assembleia Legislativa. O esquema teria lesado os cofres públicos em R$ 40 milhões. Dois secretários adjuntos de Estado, além de quatro empresários do ramo gráfico, tiveram os mandados de prisão expedidos na ocasião.

O dinheiro desviado pode ter sido empregado para lavagem de dinheiro em Mato Grosso. A Defaz avalia ainda se o montante de R$ 40 milhões superfaturado em licitação de 2011 para contratação de serviços gráficos pode ter sido usado para o financiamento de campanhas no Estado.
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