O pleno do Superior Tribunal de Justiça (STJ) elegeu nesta quarta-feira (13) os desembargadores Paulo Dias de Moura Ribeiro (São Paulo), Samuel Meira Brasil Júnior (Espírito Santo) e José Afrânio Vilela (Minas Gerais) para a lista tríplice de candidatos à vaga do ministro Massami Uyeda, aposentado desde o final de 2012.

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT) havia inscrito na disputa apenas o desembargador Márcio Vidal, recém-empossado vice-presidente da Corte estadual, conforme noticiado em primeira mão pelo Olhar Jurídico.

Moura Ribeiro foi eleito em primeiro escrutínio, com 19 votos; Brasil Júnior, em segundo escrutínio, recebeu 20 votos; e no terceiro escrutínio, Afrânio Vilela obteve 16 votos. 

Vidal participou apenas do primeiro escrutínio e recebeu dois votos, segundo a assessoria de imprensa do STJ. Assim, ele acabou não participando das outras votações secretas – depois do primeiro escrutínio, apenas os mais votados continuaram na disputa.

A lista vai ser encaminhada à presidente da República Dilma Rousseff. Ela indicará um nome ao Senado, que deverá aprová-lo ou não. Além de Vidal e dos três escolhidos, outros 50 desembargadores de tribunais de Justiça estaduais concorreram à vaga de Uyeda.

Filho de José Vidal (desembargador que presidiu o TJ-MT), Márcio Vidal foi corregedor-geral de Justiça na gestão anterior do tribunal (2011-2013). Nascido em Cuiabá em 1957, ele ingressou na magistratura em 1985. Foi promovido ao cargo de desembargador por meio do critério de merecimento em janeiro de 2005.

Outra vaga

Outro mato-grossense continua na disputa por uma vaga de ministro no STJ. Trata-se de Ítalo Mendes, que é desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), irmão do juiz Yale Sabo Mendes, que atua em Cuiabá, e primo do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal.

Mendes está tentando uma vaga no tribunal superior pela segunda vez. Os ministros do STJ deverão se reunir no próximo dia 20 para eleger novamente uma lista tríplice, escolhendo três candidatos que disputam a vaga aberta com a saída de Teori Zavascki. O pleno do STJ é formado por 33 ministros -- três postos estão vagos.