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Domingo, 28 de abril de 2024

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Desembargador nega HC para mulher presa em operação sobre lavagem de dinheiro do tráfico

Desembargador nega HC para mulher presa em operação sobre lavagem de dinheiro do tráfico
O desembargador Luiz Ferreira da Silva, da 3ª Câmara Criminal de Cuiabá, negou pedido de habeas corpus impetrado em favor de Talita Liandra Barbosa Matias dos Santos. Ela foi um dos alvos da Operação Follow The Money, deflagrada na quinta-feira (21) em Mato Grosso e mais dois Estados. No momento do cumprimento do mandado de prisão e de busca e apreensão, foi encontrado com ela pouco mais de 100 gramas de maconha.

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 A decisão é desta segunda-feira (25). A defesa da investigada alegou que não estariam presentes os requisitos legais para a manutenção da prisão preventiva, argumentando que a paciente é primária e possui condições favoráveis para responder ao processo em liberdade.
 
No entanto, o desembargador Luiz Ferreira da Silva, relator do caso, considerou que a medida cautelar se faz necessária para garantia da ordem pública, principalmente diante da gravidade dos fatos imputados à investigada, que também responde a outros dois processos pelo mesmo crime.
 
O magistrado ressaltou ainda que a concessão de liminar exige a demonstração clara e objetiva do direito do agente, o que não foi evidenciado de forma suficiente neste caso. Diante disso, determinou o cumprimento de alguns atos processuais, como a expedição de ofício à autoridade coatora para prestação de informações e a manifestação da Procuradoria-Geral de Justiça sobre o constrangimento ilegal alegado.
 
A investigação
 
Além da prisão preventiva contra Talita, o juízo da 5ª Vara Criminal de Sinop (500 km de Cuiabá) expediu outras 69 ordens contra investigados envolvidos em lavagem de dinheiro oriunda do tráfico de drogas no município.
 
Foram cumpridas, além disso, 56 mandados de busca domiciliar, 17 ordens de bloqueios bancários, dois sequestros e cautela de veículos e a suspensão das atividades e doação de medicamentos de uma farmácia em Cuiabá.
 
As investigações se desenvolveram a partir de uma apreensão de 400 tabletes de maconha, localizados pela Derf de Sinop, em uma chácara na zona rural da cidade, em julho de 2022.
 
A partir da localização da droga, a equipe da unidade especializada revelou um esquema de lavagem de dinheiro criado a partir do tráfico de drogas na cidade. Foi apurada a existência de empresas fantasma e de empresas reais que dissimulavam o capital ilícito dando a aparência de licitude às transações.
 
Um DJ de Sinop era o responsável por fazer os repasses de valores. Ele é alvo de mandado de prisão. Esses valores eram destinados ainda a manter a ostentação de familiares de líderes da facção criminosa que atua no estado de Mato Grosso, que se encontram custodiados na Penitenciária Central do Estado.
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