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Sábado, 27 de abril de 2024

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MÃE TAMBÉM FOI EXECUTADA

PM e mais dois 'mercenários' serão julgados nesta segunda por duplo homicídio na Avenida do CPA

Foto: Reprodução

PM e mais dois 'mercenários' serão julgados nesta segunda por duplo homicídio na Avenida do CPA
José Edimilson dos Santos, Claudiomar Garcia de Carvalho e Marcos Augusto Ferreira Queiroz, membros do grupo de extermínio conhecido como “Mercenários”, sentarão no banco dos réus nesta segunda-feira (18), quando serão julgados pelo Tribunal do Júri de Cuiabá. Eles foram pronunciados pelos homicídios de Edésio Pedro do Nascimento e Jhonne Muller Paranhos de Almeida, em 2016, em plena Avenida do CPA, uma das mais movimentadas da capital.

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No dia 11 de fevereiro de 2016, na Avenida Historiador Rubens de Mendonça, Jhonne foi alveado por três tiros e chegou a ser socorrido pelo Samu, mas não resistiu aos ferimentos antes de dar entrada no Pronto Socorro. Edésio foi atingido por 7 disparos que o levaram imediatamente à óbito. Eles foram surpreendidos nas imediações do Escritório São Benedito.

Conforme a denúncia, o alvo principal do crime seria Edésio. Jhonne era um mecânico que foi contratado por ele para arrumar sua motocicleta e acabou sendo alvejado no dia. O autor dos disparos seria Uelinton Lopes Rodrigues, policial militar que será julgado em outra sessão após sua defesa pedir o adiamento. Ele organizou o homicídio em conjunto com José Edmilson dos Santos, segundo acusação.

Ainda segundo o Ministério Público, Edésio foi executado porque era um conhecido traficante na região do bairro Manga, em Várzea Grande, com extenso histórico criminal. Jhonne morreu porque estava na garupa de Edésio.

Narrou o órgão ministerial que Uelinton e José Edmilson, supervisor de vendas, seriam integrantes do grupo de extermínio denominado “mercenários”, cujo objetivo era realizar uma faxina em Cuiabá e VG, matando pessoas que possuíam antecedentes criminais e aqueles que o acompanhavam.

“Portanto, agiram por motivação torpe e na qualidade de um grupo de extermínio”, apontou o órgão acusador.
Em relação à Marcos Augusto Ferreira, administrador, este participou do homicídio de Alzira do Nascimento Fonseca, identificada como mãe de Edésio. Ela morreu no dia 29 de fevereiro de 2016, dezoito dias após a execução do filho.

Alzira estava na garagem da sua casa, localizada na Rua Ademar de Barros, nº. 234, bairro da Manga, em VG. Enquanto conversava com uma pessoa em frente ao portão de sua residência, ela se deparou com um carro branco conduzido por Uelinton, com mais dois passageiros, sendo Marcos identificado, que freou bruscamente e ali parou.  

Marcos e outro comparsa desceram do carro com duas pistolas e atiraram várias vezes contra Alzira, que não conseguiu se esconder e foi atingida por oito tiros, conforme laudo pericial.  

Diante disso, os três réus foram denunciados por homicídio qualificado contra Jhonne, Edésio e Alzira, agindo por motivo torpe na condição de integrantes de grupo de extermínio.

“Os denunciados fazem parte de uma grande organização criminosa existente nesta cidade de Várzea Grande-MT, que tem por objetivo ceifar a vida de pessoas com passagens policiais, caracterizadora de ações de grupos de extermínio, além do fato de atuarem ainda mediante o pagamento de recompensa, caracterizadora de crimes mercenários, com a participação direta destes e outros componentes em diversos outros crimes de homicídios, tendo cada um dos integrantes uma função predeterminada, visando a consecução dos delitos”, narrou a denúncia.

Os três passarão hoje pelo julgamento perante o Tribunal do Júri, no plenário da 1ª Vara Criminal de Cuiabá.
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