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Quinta-feira, 16 de maio de 2024

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PASSIVO DE R$ 58 MILHÕES

Grupo Trescinco conclui negociações com a Fazenda Nacional e Recuperação Judicial é encerrada

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Grupo Trescinco conclui negociações com a Fazenda Nacional e Recuperação Judicial é encerrada
O Grupo Trescinco concluiu as negociações com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional e, com isso, a desembargadora Maria Helena Póvoas, do Tribunal de Justiça, revalidou sentença da primeira instância que encerrou o processo de recuperação judicial da distribuidora de automóveis, que havia declarado à Justiça passivo de R$ 58,8 milhões.


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 A Trescinco havia ingressado com recurso contra a sentença que encerrou o processo, alegando que ainda haviam tratativas a serem negociadas, possuindo, na ocasião, débitos previdenciários e não previdenciários, além de passivo tributário, que deveriam ser quitados.

No entanto, a Fazenda Nacional apresentou informações nos autos dando conta de que o Grupo, em maio deste ano, aderiu à modalidade de transação e, consequentemente, foi concluído o processo de negociação com a Procuradoria Geral da Fazenda, o que causou a perda de objeto do recurso que a própria Trescinco ingressou contra a sentença.

“Em razão disso, a partir desta data, deve incidir ao procedimento de Recuperação Judicial a parte dispositiva decorrente da sentença que houve por decretar o encerramento da Recuperação Judicial, com a incidência dos dispositivos delineados na parte dispositiva da sentença”, proferiu a desembargadora.

O grupo entrou em recuperação judicial em 2015 quando declarou possuir dívidas de R$ 58,8 milhões. A Recuperação judicial do grupo Trescinco compreendeu as concessionárias Trescinco Distribuidora de Automóveis Ltda e Trescinco Veículos Pesados Ltda. A empresa é uma das mais antigas no ramo de revenda de veículos em Mato Grosso como representante da marca Volkswagen.

No pedido de recuperação, o Grupo citou concorrência desleal a partir do ano de 2011. O setor vem sofrendo com dificuldades econômicas crescentes, como a redução das margens de venda, pouco capital de giro, atrelados ao pouco crescimento da economia brasileira, crise mundial, alta carga tributária e elevadas taxas de juros.
 
Com esse cenário, as empresas foram obrigadas a emprestar dinheiro no mercado com taxas próximas de 10% ao mês, o que estrangulou completamente todo o seu planejamento financeiro.
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