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Domingo, 05 de maio de 2024

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Suspeito de participar de 'mensalinho' tem R$ 1,2 milhão indisponibilizado pela Justiça

Foto: Reprodução

Suspeito de participar de 'mensalinho' tem R$ 1,2 milhão indisponibilizado pela Justiça
O procurador do Estado e ex-deputado estadual, Alexandre Luís César, teve R$ 1,2 milhão em bens indisponibilizados pela Justiça. A decisão é do magistrado Luís Aparecido Bortolussi Júnior, da Vara Especializada em Ação Civil Pública e Ação Popular. Alexandre teve o nome envolvido no suposto esquema de pagamento de “mensalinho”.

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"Proceda-se o bloqueio, por meio do Sistema BacenJud, dos valores encontrados na contas bancárias e aplicações financeiras, até o montante R$ 1.200.000,00 (hum milhão e duzentos mil reais), solidariamente, ressalvado o valor correspondente a remuneração e eventuais verbas destinadas para pagamento de pensão alimentícia”, diz trecho do despacho emitido pelo juiz, divulgado pelo ‘Ponto Na Curva’.
 
A decisão encontra-se em segredo de justiça e o bloqueio é decorrente de uma ação por improbidade administrativa proposta pelo Ministério Público Estadual (MPE), no caso que apura suposto esquema de pagamento de propinas com recursos desviados do Programa MT Integrado, de incentivos fiscais e de obras da Copa do Mundo, durante a gestão de Silval Barbosa.
 
Tudo veio à tona após as delações premiadas de Silval e do ex-secretário Pedro Nadaf. Entre as provas contidas nos autos, constam as cenas gravadas pelo ex-chefe de gabinete de Silval, Sílvio Cézar Araújo, em que mostram vários deputados e ex-políticos embolsando maços de dinheiro, inclusive Alexandre César, que na época atuava no cargo deputado estadual.
 
O efeito da decisão recaiu aos imóveis e carros pertencentes aos acusados, que também foram bloqueados pela justiça.
 
Até agora, já tiveram seus bens bloqueados: os deputados estaduais Baiano Filho e José Domingos Fraga; o deputado federal Ezequiel Fonseca; o ex-deputado Antônio Azambuja; o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro e a prefeita cassada de Juara, Luciane Bezerra.
 
Outro lado
 
A reportagem tentou entrar em contato com o procurador, mas a ligação não foi atendida.

Na ocasião da divulgação dos vídeos, o ex-deputado - por meio de nota - afirmou que as cenas são “terríveis”. Ainda assim, ele negou as acusações e disse que a versão dada pelos delatores não é verdadeira. César também questionou sobre a possibilidade de poder ou não explicar a imagem: “Não sei se as cenas são justificáveis”, afirmou o ex-deputado.

“A angústia, a indignação e a frustração da sociedade brasileira são plenamente compreensíveis diante das imagens divulgadas em rede nacional, a partir de quinta-feira. As cenas são terríveis e não sei se justificáveis. Mas, mesmo assim, apresento minha manifestação neste momento, ainda que influenciada pelo estado de constrangimento, vergonha e irresignação em que me encontro.”, completou ele.

Na nota enviada à imprensa, ele disse temer que o processo seja invertido a ponto da condenação vir antes da imprensa. Para ilustrar a situação, César lembrou dos tempos em que foi candidato à prefeito de Cuiabá e, ao ser derrotado, teve de conviver com denúncias de caixa 2 em sua campanha.

“Esta não é a primeira vez que minhas imagens aparecem em rede nacional em denúncias acerca da minha conduta. Em 2004, após ser derrotado no segundo turno da eleição para prefeito de Cuiabá, fui acusado de praticar caixa 2 em razão da vultuosa dívida que ficou da campanha. Ocupei por meses seguidos a primeira página dos jornais (especialmente aos domingos) e as manchetes dos programas de rádio e TV em Mato Grosso.”, relembrou ele.
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