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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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Justiça solta "Marcelo VIP", preso por suspeita de fraudar documentos para progressão de pena

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Justiça solta
O juiz Geraldo Fernandes Fidélis Neto, titular da Segunda Vara Criminal, determinou a soltura do empresário Marcelo Nascimento da Rocha, conhecido como "Marcelo VIP", um dos maiores golpista do país nesta quarta-feira (30). Ele estava detido há pouco mais de um mês acusado de envolvimento em esquema de fraudes em documentos para comprovar que estava trabalhando e conseguir progressão de regime de pena.

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Marcelo Vip, como ficou conhecido em todo o país, inspirou o filme ‘Vips’, protagonizado pelo ator Wagner Moura. Ele foi condenado a mais de 34 anos de prisão por crimes cometidos em Mato Grosso.

No dia 25 de abril, o empresário foi novamente preso na operação ‘Regressus’, acusado de ter entregue à justiça alguns documentos que seriam de falsos para comptovar que estava trabalhando.

Os advogados Fabian Feguri e Neyman Monteiro alegaram que Nascimento nunca praticou novo crime e negaram que ele era funcionário da empresa FB Brasil, sendo apenas um prestador de serviços. Afirmaram ainda que não há nos autos conclusão de que referida empresa seja de fachada, bem como, que não há qualquer prisão decretada em desfavor do penitente nos autos de investigação.

“Determino a expedição de alvará de soltura em favor do penitente Marcelo Nascimento Rocha, considerando que a existência de indícios da prática de crime anterior a concessão ao livramento condicional, conforme fartamente demonstrado, não dá ensejo a ordem de prisão”, decretou o magistrado.

Operação Regressus

A investigação é coordenada pela Gerência de Combate ao Crime Organizado e teve  a cooperação da Subsecretaria de Inteligência do Estado do Rio de Janeiro e a Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh).

De acordo com as informações levantadas nas investigações, um traficante do Rio de Janeiro e Marcelo VIP teriam conseguido diminuir pelo menos um ano de pena com informações falsas. Os mandados também são cumpridos em empresas, que teriam passado informações falsas ao Poder Judiciário.

A operação “Regressus” (retornar ao sistema) cumpre três mandados de prisão preventiva e 19 ordens de busca e apreensão nas cidades de Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis e Rio de Janeiro. Os alvos com prisões expedidas pela Vara do Crime Organizado (7ª Vara) são os dois criminosos, ex-presidiários notoriamente conhecidos, com vasta condenação penal, que teriam por meios fraudulentos progredidos de regime. O terceiro é um ex-assessor da 2ª Vara Criminal de Cuiabá – Vara de Execuções Penais.
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