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OPERAÇÃO BERERÉ

Assessor de Savi nega ameaça a presidente do Detran para manter 'Bereré': 'Doia está mentindo'

06 Abr 2018 - 11:30

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Olhar Direto

Dauton Luiz Santos Vasconcelos, à esquerda, e seu advogado

Dauton Luiz Santos Vasconcelos, à esquerda, e seu advogado

A defesa do servidor da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) Dauton Luiz Santos Vasconcelos, negou ter feito qualquer ameaça ao ex-presidente do Detran, Teodoro Lopes, o “Dóia”, em nome de seu assessorado, Mauro Savi (DEM). A declaração de Paulo Fabrini, advogado de Dauton, foi feita na manhã desta sexta-feira (06) na sede do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Ele ainda afirmou que Dóia “mente” ao narrar tal passagem às investigações da “Operação Bereré”.

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Conforme Teodoro Lopes narra aos investigadores, em 2010, na qualidade de presidente do Detran, tentou ajustar o contrato com a FDL (atual EIG Mercados) para que o Detran recebesse uma parte maior relacionada à sua execução. Tal mudança diminuiria o lucro da FDL, oportunidade que: “Dauton Luiz Santos Vasconcelos, atuando em nome de Mauro Savi, ameaçou Teodoro de ser destituído do cargo”.

Em nome de seu cliente, Dauton Luiz Santos Vasconcelos, o advogado Paulo Fabrini negou a narrativa acima. “Doia está mentindo. Essas acusações são levianas, como está sendo provado”. Negou-se a dar maiores esclarecimentos.

À reportagem de Olhar Jurídico, Dauton chegou a negar que estivesse na sede do Gaeco na manhã de hoje (06) para prestar esclarecimentos sobre a ‘Bereré’.

Entenda o caso:
 
A ação é um desdobramento da colaboração premiada do ex-presidente do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran-MT), Teodoro Lopes, o “Doia". Dentre as informações prestadas por Doia, consta suposto  esquema de cobrança de propina com uma empresa que prestava serviços de gravame - um registro do Detran.
 
Segundo o Gaeco, as investigações tiveram início na Delegacia Especializada em Crimes Contra a Administração Pública e Ordem Tributária (DEFAZ), sendo que as medidas cautelares foram requeridas pelo NACO Criminal (Núcleo de Ações de Competência Originária) do Ministério Público Estadual e estão sendo cumpridas em Cuiabá, Sorriso e Brasília-DF, pelo GAECO (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado) e Polícia Judiciária Civil, com apoio da Polícia Militar, por meio do BOPE.
 
Estão envolvidos no cumprimento da ordem judicial uma força tarefa com aproximadamente 200 integrantes, dentre Policiais Civis, Policiais Militares, Delegados de Polícia e Promotores de Justiça.
 
Mauro Savi:
 
O deputado estadual Mauro Savi (PSB) fez questão de deixar bem claro que não se intimidou com a operação Bereré, deflagrada na segunda-feira (19) pela Delegacia Fazendária (Polícia Civil do Estado de Mato Grosso) e Gaeco (Ministério Público). Em tom de “recado”, ele afirmou que irá manter sua independência nas CPIs que investigam o MP e desvios de recursos dos fundos pelo Governo de Mato Grosso.
 
“Eu sei que não é novidade nenhuma, mas vou deixar bem claro àqueles de plantão que estão torcendo, eu não tenho medo nem dessa CPI [das Pedaladas] e nem da [CPI] do MP e vou continuar, sim, à frente, votando com as minhas convicções, respeitando a todos, mas sem medo nenhum”, desabafou, durante reunião da comissão que investiga possível desvio em recursos de fundos pelo Governo do Estado, a qual é presidente.
 
Savi fez questão de lembrar que exerce mandato na Assembleia Legislativa pela quarta vez, sendo atualmente o parlamentar mais votado do Estado de Mato Grosso. “Ainda tenho um mandato para terminar e vou terminar ele olhando nos olhos das pessoas”, afirmou.
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