Há quatro dias em liberdade, o ex-deputado estadual José Geraldo Riva deverá apresentar-se ao Fórum da Capital a partir do meio dia desta segunda-feira (11) para aplicação das medidas cautelares, incluindo instalação de tornozeleira eletrônica. Riva foi solto por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, depois de mais de 200 dias em prisão preventiva. O ex-deputado foi preso durante a “Operação Metástase”, acusado de desvio da verba de suprimento da Assembleia Legislativa (AL), em um esquema que teria movimentado mais de R$ 2 milhões.
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O ex-deputado deixou o Centro de Custódia de Cuiabá (CCC), no bairro Carumbé, por volta das 17h da última sexta-feira (8), no dia de seu aniversário. De lá, ele seguiu, no carro de seu advogado, Mario Sá, para o Fórum da Capital, onde iria imediatamente ser aplicada a medida cautelar de tornozeleira eletrônica. Entretanto, não havia funcionários responsáveis pelo procedimento naquele momento. Razão pela qual, ficou acordado seu retorno hoje.
O alvará de soltura de Riva foi expedido pela juíza plantonista Renata do Carmo Evaristo, a quem também foi atribuído o poder de decidir quais as cautelares aplicadas, além das medidas restritivas. São elas: comparecer mensalmente em juízo para informar e justificar suas atividades; não acessar nem comparecer à Assembleia Legislativa; não ausentar-se da comarca sem prévia autorização do juízo e ficar recolhido em domicílio durante as noites, os fins de semana e feriados. A juíza determinou ainda a entrega do passaporte e a comunicação às fronteiras da proibição de ele deixar o país, além das embaixadas dos países do Mercosul.
Riva não vê mal em se submeter à tornozeleira eletrônica, embora não veja razão. "Nós vamos à justiça de novo para mostrar a 'desnecessidade'. Só que eu não vejo nenhum mal nisso também não". Em outro momento, chegou a ver ponto positivo no uso da tornozeleira. “Acho normal. Acho até bom, para eles verem que não vou cometer nenhum ato ilegal".
