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Quinta-feira, 02 de maio de 2024

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Acusado de ser 'conselheiro jurídico' de fraudes, 'Chico Lima' deverá depor somente em juízo sobre esquema de R$ 7 milhões

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

O procurador aposentado Chico Lima foi preso pelo Gaeco na Operação Seven

O procurador aposentado Chico Lima foi preso pelo Gaeco na Operação Seven

O procurador do Estado aposentado Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, conhecido como Chico Lima, não será ouvido pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco). Preso na última quinta-feira (18), ele é o décimo alvo da Operação Seven, que investiga a suspeita de fraude de R$ 7 milhões na aquisição de uma fazenda pelo Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat).

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De acordo com o coordenador do Gaeco, o promotor Marco Aurelio de Castro, Chico Lima deve prestar depoimento somente em juízo, para a juíza Selma Rosane de Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá. “Chico Lima já foi denunciado e a denúncia foi acatada pela juíza. Dessa forma, o caso já está judicializado, então ele não será ouvido somente em juízo, como réu”, explicou o promotor para o Olhar Jurídico.

De acordo com a denúncia, Chico Lima teria dado suporte jurídico para o esquema criminoso. “Ele era, sem dúvida alguma, um dos membros da liderança da organização criminosa. Ao que tudo parece, como uma espécie de conselheiro; dando suporte jurídico e possibilitando a abertura das portas para que os planos criminosos se concretizassem”, diz trecho da decisão da juíza Selma que determinou a prisão do ex-procurador.

Minutos antes da prisão, ele prestava depoimento para a magistrada em outro processo, referente à Operação Sodoma, da Polícia Civil, deflagrada pela Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz). Chico Lima cumpria medida restritiva de monitoramento por meio de tornozeleira eletrônica.

Além de Chico Lima, também são réus na Operação Seven, e apontados como líderes do esquema que teria fraudado a compra de terras o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e o ex-secretário-chefe da Casa Civil, Pedro Nadaf.

Completam a lista de réus o ex-secretário adjunto de Administração, José de Jesus Nunes Cordeiro; o ex-presidente do Intermat, Afonso Dalberto; o ex-secretário adjunto de Mudanças Climáticas, Wilson Pinheiro Taques; o ex-secretário de Planejamento, Arnaldo Alves de Souza Neto; o médico Filinto Corrêa da Costa (proprietário da área adquirida; e os servidores da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) Francisval Akerley da Costa e Cláudio Takayuki Shida.
 
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