O advogado Valber Melo deixou a defesa do ex-parlamentar José Riva. A renúncia aos processos já foi protocolizada perante à juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Arruda.  Um dos principais criminalistas do Estado, ele atuava para José Riva em diversos processos oriundos de operações deflagradas tanto pela Polícia Federal (Arca de Noé) como de investigações oriundas do Ministério Público Estadual, como a Imperador. A estimativa é de que somente em uma das ações criminais mais de R$ 62 milhões tenham sido desviados,  supostamente, por meio de licitações fraudulentas durante a gestão de Riva na presidência da Casa de Leis. 

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Ao Olhar Jurídico, o advogado Valber explicou que  os processos, com sua renúncia, serão acompanhados exclusivamente pelo escritório do mestre em Direito Rodrigo Mudrovitsch.

“Que já estava acompanhado os processo e a decisão foi quanto à unificação para o escritório do doutor Rodrigo”, afirmou. 

No documento, já anexado aos processo, com assinatura em 11 de fevereiro, Melo pontua que o constituinte encontra-se cientificado quanto ao ato de renúncia do mandado outorgado para defesa.

Histórico 

José Riva foi preso pela primeira vez este ano em 21 de fevereiro, às 14h30, em sua casa, na Operação Imperador, do Gaeco, que investiga um desvio de cerca de R$ 60 milhões do Legislativo envolvendo aquisições de fachada de material de papelaria. Ele passou 123 dias no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC), no bairro Carumbé, e foi solto no dia 24 de junho.

Em 1º de julho, após passar seis dias em liberdade, ele foi preso novamente pelo Gaeco na Operação Ventríloquo, que investigou o desvio de R$ 9,6 milhões da Assembleia Legislativa por meio de pagamento simulado ao banco HSBC, em função de dívida com o Seguro Saúde Bamerindus. Riva foi solto cerca de 30 horas depois, por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Já na data de 13 de outubro, o  ex-deputado estadual foi detido na segunda fase da Operação Metástase, do Gaeco, que apura desvio de dinheiro dos cofres da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) por meio da extinta verba de suprimentos. Desde então, José Riva permanece encarcerado no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC). 

Veja íntegra de nota encaminhada à imprensa:

1) Conforme exposto na renúncia formalizada perante o constituinte e protocolizada há mais de uma semana junto ao Poder Judiciário, a renúncia atende vontade manifestada do cliente em unificar suas defesas em um único escritorio.
2) Por conta disso, tomei a iniciativa de renunciar o honroso mister, reiterando o respeito com que sempre o tratei na defesa de seus direitos, defendendo sua liberdade e garantias fundamentais durante tantos anos.
3) Com a certeza que os colegas que me sucedem continuarão incessantes na busca da defesa seus direitos, desejo-lhes sucesso na atuação.

Valber Melo