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Notícias / Criminal

Saiba quem são os alvos em MT da megaoperação que mira esquema bilionário ligado ao PCC

Da Redação - Luis Vinicius

Quatro empresas e dois empresários com endereço em Mato Grosso foram alvos da Operação Carbono Oculto, deflagrada na última quinta-feira (28), que desarticulou um esquema bilionário de sonegação e lavagem de dinheiro ligado à facção Primeiro Comando da Capital (PCC). A ação cumpriu mandados de busca e apreensão em Diamantino, Feliz Natal, Primavera do Leste e Rondonópolis. Não houve prisões.

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Entre as distribuidoras investigadas estão a Aliança Biocombustível Eireli, em Rondonópolis; a Diamond Chemical Solventes Ltda., em Diamantino; e a Ipê Biocombustível Ltda., em Feliz Natal. Também foi alvo a empresa Mannabio Importação e Exportação, em Primavera do Leste.

Dois empresários suspeitos de ligação com o esquema também foram alvos de mandados de busca e apreensão: Everton Felipe de Barros, conhecido como “Soró”, e Giosimar José Caldato. Contra o primeiro, houve cumprimento de ordens judiciais em São Paulo e em Primavera do Leste.

A determinação partiu do juiz Guilherme Eduardo Martins Kellner, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), que autorizou a apreensão de documentos, computadores, celulares, dispositivos digitais e quaisquer produtos relacionados ao crime.

Alcance nacional

A Operação Carbono Oculto, conduzida pelo Gaeco do Ministério Público de São Paulo, Receita Federal e Polícia Federal, revelou que a facção se infiltrou no setor de combustíveis para movimentar recursos ilícitos. O esquema também atingiu a Avenida Faria Lima, centro financeiro de São Paulo, onde 42 dos 350 alvos da operação estão concentrados.

Segundo as investigações, entre 2020 e 2024, empresas ligadas ao grupo importaram cerca de R$ 10 bilhões em nafta, hidrocarbonetos e diesel com recursos ilegais. A fraude resultou em sonegação de R$ 8,67 bilhões e envolvia ainda adulteração de combustíveis.

As apurações apontam que o dinheiro era ocultado por meio de fintechs e fundos de investimento. Além do setor de combustíveis, o crime organizado também utiliza outros ramos da economia formal para lavar dinheiro, como o mercado imobiliário, transporte público, mineração, cigarros, comércio de bebidas e o sistema financeiro.
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