Acusado de ser um dos líderes do assalto a uma agência do banco Sicredi em Brasnorte, na última quinta-feira (31), o marmorista Valdemar do Nascimento Alves foi mantido preso após passar por audiência de custódia no sábado (2), quando o cabelereiro Fabricio da Silva Lima também continuou detido. A ordem que manteve a dupla presa foi proferida no plantão deste domingo pelo juiz Laio Portes Sthel, da Vara Única de Brasnorte.

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O marmorista Valdemar, segundo as investigações, foi o responsável por fornecer as armas utilizadas nas ações criminosas, cuidando de guardá-las após a execução, além de ter sido quem guardou os valores roubados, cerca de R$ 400 mil, para depois dividir entre os membros da quadrilha.

Conforme relatado nos depoimentos dos policias, no momento da abordagem policial Valdemar estava em um veículo Fiat Argo com o motor ligado e diversas bagagens no interior, circunstância que indicou preparação para fuga do distrito da culpa, reforçando o risco à aplicação da lei penal.

Já o cabelereiro Fabrício seria o responsável por integrar o núcleo do grupo que assaltou uma Hilux para a execução da empreitada, bem como atuado no roubo à agência bancária do Sicredi. Após a subtração da Hilux, Fabrício teria colaborado com a ocultação do veículo no local conhecido como “torre”.

Examinando a condição das respectivas prisões, o magistrado decidiu homologar e converter os dois flagrantes em detenções preventivas, tendo como base a gravidade do crime e a periculosidade dos agentes.

“Inviável, ainda, a substituição da medida cautelar extrema por cautelares alternativas, visto que referidas medidas não se mostrariam suficientes ao caso dadas as circunstâncias concretas de maior gravidade, reveladas pelo modus operandi da empreitada criminosa e pelos elementos angariados até o presente momento”, anotou o magistrado.

Seis dos quatorze presos por envolvimento no roubo ao banco Sicredi, ocorrido na última quinta-feira (31) em Brasnorte, foram identificados. Eles foram detidos nos últimos dias durante uma força-tarefa das forças de segurança de Mato Grosso.

Os criminosos identificados são: Osvaldo Pereira de Souza, Eduardo José Lopes de Moraes, Rodrigo da Silva Lucena, Cristhian Ribeiro Galvão, Luiz Carlos da Silva Junior e Lucas Vinícius de Amorim da Silva.

A polícia teria localizado os suspeitos após uma mulher, que seria ex-namorada de um dos criminosos, apontar o local onde todos estavam escondidos.

Ela seria a responsável por armazenar as roupas e armas usadas no crime, e receberia R$ 150 mil pelo serviço. No entanto, em nota enviada ao Olhar Direto, ela negou os supostos crimes.

Além deles, outros oito já foram detidos, entre eles dois policiais militares, cujas identidades ainda não foram reveladas.
O grupo foi localizado na divisa entre Mato Grosso e Rondônia. A prisão aconteceu neste sábado (2) em uma ação com participação das equipes da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE), da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO).

Ainda não há informações se foi encontrado alguma quantia do valor levado da agência bancária pelos assaltantes. O roubo aconteceu na quinta-feira (31), quando quatro homens fortemente armados invadiram a agência e fizeram reféns. Dois deles foram colocados em uma caminhonete.

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o momento em que os bandidos fazem as vítimas de escudo humano. Após a fuga dos bandidos, os reféns foram liberados a 3km de Brasnorte e o segundo a quase 10km.