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Mãe, filho e suposto executor vão ao júri pelo assassinato de Nenê Games no Shopping Popular

Da Redação - Pedro Coutinho

A juíza Anna Paula Gomes de Freitas, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, mandou para o Tribunal do Júri o trio que planejou e executou o assassinato de Gersino Rosa dos Santos, o Nenê Games, ocorrido em novembro de 2023, no shopping popular da capital. Na mesma empreitada, Cleyton de Oliveira de Souza Paulino, que não era alvo, também foi baleado e morreu. Ele era funcionário do estabelecimento. Sentença de pronúncia foi proferida nesta segunda-feira (14).

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Considerando estarem provados os indícios de autoria e materialidade, a juíza decidiu pronunciar ao júri Jocilene Barreiro da Silva, de 60 anos, mãe de Vanderley Barreiro da Silva, o “Cigano”, acusados de serem os contratantes do homicídio, e Silvio Júnior Peixoto, o executor, que recebeu R$ 10 mil para cometer o crime.

Jocilene e Vanderley foram pronunciados por homicídio, com as qualificadoras de motivo torpe, perigo comum e recurso que dificultou a defesa da vítima. Já Silvio foi por homicídio, com as qualificadoras de mediante paga promessa ou de recompensa, perigo comum e recurso que dificultou a defesa da vítima.

Na mesma sentença, a juíza negou-lhes o direito de recorrer em liberdade e manteve a prisão preventiva dos três, até que o julgamento seja realizado.

A execução teria sido motivada por vingança, já que Nenê Games foi apontado como o mandante da morte de Girlei Silva da Silva, filho de Jocilene e irmão de Vanderley (também preso acusado de ser o mandante), ocorrido dias antes.

O estopim guarda ligação com uma briga entre Gersino e Girlei, ocorrido por discussão sobre um celular com defeito. Em busca de vingança pela morte de seu filho, Jocilene teria encomendado a execução de Gersino e efetivado o pagamento de R$ 9.900 para Silvio.

O duplo homicídio no Shopping Popular de Cuiabá chocou a capital mato-grossense em novembro de 2023. Gersino Rosa dos Santos e Cleyton de Oliveira de Souza Paulino foram mortos a tiros no local de trabalho, em plena luz do dia. A polícia chegou aos acusados após investigações que ligaram os réus à contratação de Silvio Junior Peixoto para realizar o crime. Cleyton sequer era alvo, mas foi alvejado na empreitada e acabou morrendo.
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