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Notícias / Criminal

Pai que matou amigo do filho por homofobia vai a júri popular

Da Redação - Pedro Coutinho

Cleber Rasia Machado, caminhoneiro que matou o amigo do próprio filho motivado por homofobia, vai a júri na próxima quarta-feira (5). Em março de 2021, o suspeito invadiu um centro de umbanda localizado no Residencial Farias, em Rondonópolis (216 km de Cuiabá), matou Victtor e deixou outro jovem ferido. Em março deste ano, desembargadores do Tribunal de Justiça mantiveram sua prisão.

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Cleber Rasia Machado, de 39 anos de idade, autor do homicídio de Victtor Cauã Bianchini Silva, adolescente de apenas 17 anos de idade amigo de seu filho, foi preso no dia 11 de abril de 2022, uma segunda-feira, em Iepê, no estado de São Paulo.

Ao contrário do apontado no início das investigações, o crime não foi motivado por intolerância religiosa, mas sim homofobia, uma vez que o pai não aceitava as amizades que o filho tinha com homossexuais.

Cleber foragiu da justiça por um ano, motivo que corroborou na decisão dos membros da Câmara Criminal em negar o pedido de revogação da prisão preventiva.

“Tais circunstâncias, somadas ao fato de o recorrente ter permanecido foragido por proximamente 1 (um) ano, revelam o risco ao meio social a recomendar a manutenção da custódia antecipada para garantia da ordem pública e para assegurar a aplicação da lei penal”, diz trecho do acórdão.
 
Segundo a Polícia Civil, as investigações feitas pela DHPP, da 2ª Delegacia de Polícia de Vila Operária, apontaram que o crime foi motivado por homofobia e não por intolerância religiosa como pensado no início das investigações. Logo no início das investigações, os policiais receberam informações de que o autor do crime era o pai de um frequentador do centro religioso. 

Ainda conforme a corporação, além da morte do adolescente, três disparos também atingiram outras duas pessoas, entre elas o responsável pela realização dos cultos religiosos, que foi socorrido e encaminhado para o hospital, conseguindo sobreviver aos ferimentos.

Segundo a delegada, Karla Peixoto Ferraz, no curso do inquérito policial, ficou comprovado através da oitiva de testemunhas e laudos da perícia, que as vítimas foram surpreendidas pelo suspeito de modo que não tiveram a menor chance de defesa.
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