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Ações com políticos devem ter trato diferente, diz Fúrio

Da Redação - Julia Munhoz

O promotor de Justiça Célio Fúrio, um dos integrantes do Núcleo de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa do Ministério Público (MPE), acredita que as ações relacionadas a esses tipos de crime envolvendo governadores de Estado, presidentes de Assembleia Legislativa e demais detentores de cargos políticos não devem ser tratadas de forma comum pelo Poder Jusidiário.

Segundo o promotor, de modo geral a Justiça brasileira é lenta e a somatória de forças entre as instituições envolvidas nessas ações é mais que necessária. "Você não pode tratar uma questão envolvendo um diretor de uma escola da mesma forma que você trata uma ação envolvendo um governador de Estado, um presidente de Assembleia Legislativa ou um presidente de um Tribunal de Contas".

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Célio Fúrio destaca ainda que não se deve apenas priorizar ações envolvendo improbidade administrativa, organizações criminosas, lavagem de dinheiros e crimes de corrupção, mas principalmente quando, nesses casos, estão inseridas autoridades políticas. Para ele, há uma dificuldade maior quando os denunciados possuem mandato eletivo.

"Quando voce tem uma autoridade que tem poder político ou economico, ou detém mandato é mais difícil ainda, parece que todas as coisas que já são difícieis de fazer quando você tem no polo passívo de uma ação uma autoridade fica mais dificil ainda. Os processos ficam mais parados, mais travados e quando vem a resposta do Judiciário já se passou quase décadas ou mais de décadas e ai a sociedade nem lembra".

Fúrio lembrou ainda que o Ministério Público, por meio do Núcleo, já tem trabalhados de forma mais específica e celere nos casos de corrupção e improbidade administrativa e destacou a atuação da Corregeroria Geral de Justiça (CGJ) em ampliar esse tipo de trabalho pot meio do Necco (Núcleo Enfrentamento aos Crimes de Corrupção e à Improbidade Administrativa de Mato Grosso (Necco). "Essa somatória de forças é fundamental".

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