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Notícias / Política de Classe

OAB considera tragédia familiar vivida por juiz de MT e suspende ato de desagravo

Da Redação - Julia Munhoz

 A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) suspendeu a sessão de desagravo que seria realizada contra i juiz da pelo juiz da 3ª Vara Criminal de Cáceres, Alex Nunes de Figueiredo. O ato foi adiado, pois o magistrado tem enfrentado sérios problemas familiares desde que seu filho sofreu um grave acidente de trânsito e vive em estado vegetativo.

A proposta de suspender o ato foi apresentada pelo conselheiro estadual Fábi Sá, representante dos advogados de Cáceres. Ele ponderou que diante da situação de crise familiar que o juiz estaria enfrentando realizar a sessão sem que Alex Nunes tivesse possibilidade de defesa seria desumano.

Em MT, Ophir vai a desagravo público contra ofensas de juiz

“O filho dele (juiz) se encontra em um estado lastimável, praticamente vegetando e ele vive estado de penúria acompanhando a saúde do filho. Diante disso o magistrado não teria condições de defesa ou resposta a ação da OAB. A suspensão do desagravo seria uma manifestação de grandeza da OAB”, considerou o conselheiro.

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Diante das argumentações o presidente da OAB Nacional, Ophir Cavalcante, que visita Cuiabá nesta sexta-feira (30) e participou da sessão representando o Conselho Federal acolheu a propositura e designou a seccional de Mato Grosso que remarque o ato.

“Precisamos entender que todos os seres humanos erram e se arrepende. A OAB sempre primou pela dignidade da pessoa e o direito de defesa. O adiamento se faz oportuno e peço a compreensão dos colegas”, declarou Ophir.

Sessão de desagravo

O ato de desagravo da OAB-MT foi autorizado pelo Pleno da OAB Nacional, que examinou as denúncias apresentadas pela seccional de que em 2009 o juiz Alex Nunes de Figueiredo teria ofendido alguns advogados.

Segundo denúncias, o juiz cometeu “excessos verbais e desrespeito linguístico” contra advogados e à entidade máxima da advocacia. As ofensas teriam sido feitas durante manifestação em que defendeu portaria por ele baixada, alterando procedimentos no sistema prisional local. O teor da referida portaria foi objeto de reclamação por parte de advogados que, segundo o juiz, “lideraram a bagunça na cadeia”. O magistrado afirmou, também, que quando há problemas na unidade prisional, “a OAB se esconde no buraco”.

Tragédia familiar

Em julho deste ano, em Cuiabá, o filho do magistrado, Alex Nunes, 20 anos, se envolveu em um acidente fatal junto com o filho do ex-prefeito de Cáceres Ricardo Henry, que morreu na hora.
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