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Ministério Público vê legalidade em transferências e arquiva parcialmente investigação da Operação Descobrimento

Da Redação - Arthur Santos da Silva

O Ministério Público Federal (MPF) requereu arquivamento de investigação da Operação Descobrimento em face do empresário Fernando Gabriel Padilla de Borbon Neves. Ele estava sendo investigado por ter feito transferências bancárias ao também empresário Rowles Magalhães, denunciado pelos fatos apurados.

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Contudo, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal reconheceram que referidas transferências, declaradas no imposto de renda de Fernando Gabriel, decorriam de meros empréstimos que havia feito ao mencionado investigado.
 
No pedido de arquivamento e nas manifestações da Polícia Federal foram destacadas a boa-fé de Fernando Gabriel, seu desconhecimento quanto aos fatos e sua colaboração imediata com a apuração.
 
As investigações da Operação Descobrimento tiveram início em fevereiro de 2021, quando um jato executivo Dassault Falcon 900, pertencente a uma empresa portuguesa de táxi aéreo, pousou no aeroporto internacional de Salvador (BA) para abastecimento. Após ser inspecionado, foram encontrados cerca de 595 kg de cocaína escondidos na fuselagem da aeronave.
 
A partir da apreensão, a Polícia Federal conseguiu identificar a estrutura da organização criminosa atuante nos dois países, composta por fornecedores de cocaína, mecânicos de aviação e auxiliares (responsáveis pela abertura da fuselagem da aeronave para acondicionar o entorpecente), transportadores (responsáveis pelo voo) e doleiros (responsáveis pela movimentação financeira do grupo).
 
A defesa de Fernando Gabriel Padilla de Borbon Neves emitiu a seguinte nota:

Em relação às investigações da operação denominada Descobrimento, deflagrada pela Polícia Federal para apurar crimes de lavagem de dinheiro e tráfico de drogas, a defesa de Fernando Gabriel Padilla de Borbon Neves informa que o Ministério Público Federal pediu o arquivamento em relação a ele. 

Fernando estava sendo investigado por ter feito algumas transferências bancárias a Rowles Magalhães, denunciado pelos fatos apurados. Contudo, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal reconheceram que referidas transferências, declaradas no imposto de renda de Fernando Gabriel, decorriam de meros empréstimos que havia feito ao mencionado investigado. 

No pedido de arquivamento e nas manifestações da Polícia Federal foram destacadas a boa-fé de Fernando Gabriel, seu desconhecimento quanto aos fatos e sua colaboração imediata com a apuração. 

Em relação a Fernando Gabriel tudo foi esclarecido em exatos 30 dias, restando clara sua conduta correta e a inexistência de qualquer envolvimento ilegal com as pessoas alvos da operação. 

Ulisses Rabaneda
Advogado
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