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Acusação aponta Borgato e Rowles como 'primeiro escalão' de organização voltada ao tráfico internacional

Da Redação - Arthur Santos da Silva

Denúncia formulada pelo Ministério Público Federal (MPF) em consequência da Operação Descobrimento, que desmantelou esquema de tráfico internacional de drogas, aponta que o  ex-secretário de Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso, Nilton Borgato, e o empresário e lobista, Rowles Magalhães, faziam parte do primeiro escalão da organização criminosa. Acusação aponta que grupo era composto por três núcleos.

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O primeiro, além de Rowles e Borgato, contava com pessoas identificadas como Ricardo Agostinho, Nelma Mitsue Penasso Kodama, Marcelo Mendonça de Lemos (Gordo), Cláudio Rocha Júnior e Marcos Paulo Barbosa Lopes (Papito).
 
Rowles era, segundo o MPF, responsável pela programação e organização dos voos entre Brasil e Europa. À época dos fatos, o denunciado exercia funções típicas de proprietário da empresa de fretamento Omni Aviação e Tecnologia.
 
Nilton Borgato é apontado como responsável pela intermediação entre fornecedores da droga e os transportadores. O ex-secretário também é suspeito de fazer contato com destinatários da droga na Europa.
 
No escalão financeiro, conforme acusação, está Marcelo Lucena da Silva. Marcelo é doleiro e serve de instrumento para pagamento de dívidas da organização na Europa.

No escalão operacional está Fernando de Souza Honorato. Fernando de Souza Honorato, conforme o MPF, é o diretor-executivo do hangar da Fly Away em Jundiaí.
 
A organização contou com o auxílio eventual de Edson Carvalho Sales dos Santos, Dilson Borges dos Santos, Richard Rodrigues Consentino, Cícero Guilherme Conceição Desidério, Mansur Mohamed Ben Barka Heredia, Lincoln Félix dos Santos.

Operação Descobrimento

As investigações da Operação Descobrimento tiveram início em fevereiro de 2021, quando um jato executivo Dassault Falcon 900, pertencente a uma empresa portuguesa de táxi aéreo, pousou no aeroporto internacional de Salvador (BA) para abastecimento. Após ser inspecionado, foram encontrados cerca de 595 kg de cocaína escondidos na fuselagem da aeronave.

A partir da apreensão, a Polícia Federal conseguiu identificar a estrutura da organização criminosa atuante nos dois países, composta por fornecedores de cocaína, mecânicos de aviação e auxiliares (responsáveis pela abertura da fuselagem da aeronave para acondicionar o entorpecente), transportadores (responsáveis pelo voo) e doleiros (responsáveis pela movimentação financeira do grupo).
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