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Justiça Federal mantém prisão preventiva de alvo da Operação Cupincha; empresário está na PCE

Da Redação - Arthur Santos da Silva

Justiça Federal manteve prisão preventiva decretada em face de Liandro Ventura da Silva, alvo da Operação Cupincha, por fraudes na Saúde de Cuiabá. Decisão foi estabelecida em audiência de custódia realizada na sexta-feira (5). O caso está em segredo de Justiça. Manutenção da prisão foi confirmada pela assessoria de imprensa da Justiça Federal.

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Liandro Ventura está na Penitenciária Central do Estado (PCE). Na Operação Cupincha, também foram presos o ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Célio Rodrigues e a pessoa identificada como Paulo Roberto de Souza Jamur.
 
Liandro aparece como sócio de Joany Costa de Deus, esposa do ex-secretário, na Cervejaria Cuyabana. Para a Polícia Federal, os indícios e provas encontradas até o momento apontam que, na verdade, a empresa pertence a Célio Rodrigues.

Liandro Ventura da Silva também é apontado como sócio da empresa Ventura Prestadora de Serviços Médicos. Apesar de não ter contratos firmados com o setor público, há suspeita de que a Ventura tenha sido subcontratada pela empresa Ultramed Serviços Médicos.
 
A Operação Cupincha corresponde à segunda fase da Operação Curare. Segundo a PF, grupo empresarial que fornece serviços à Secretaria Municipal de Saúde do Município de Cuiabá e que recebeu, entre os anos de 2019 e 2021, mais de R$ 100 milhões, manteve-se à frente dos serviços públicos mediante o pagamento de vantagens indevidas, seja de forma direta ou por intermédio de empresas de consultoria, turismo ou até mesmo recém transformadas para o ramo da saúde.

Após o ingresso dos recursos nas contas das empresas intermediárias, muitas vezes com atividades econômicas incompatíveis, os valores passavam a ser movimentados, de forma fracionada, por meio de saques eletrônicos e cheques avulsos, de forma a tentar ocultar o real destinatário dos recursos.
 
A movimentação financeira também se dava nas contas bancárias de pessoas físicas, em geral vinculadas às empresas intermediárias, que se encarregavam de igualmente efetuar saques e emitir cheques, visando à dissimulação dos eventuais beneficiários.

Paralelamente, o grupo empresarial investigado na primeira fase da Operação Curare promovia supostas “quarteirizações” de contratos administrativos.
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