Imprimir

Notícias / Geral

Alexandre de Moraes proíbe Galvan, Sérgio Reis e outros alvos de se aproximarem da Praça dos Três Poderes

Da Redação - Airton Marques

Além de autorizar o cumprimento de mandados de busca e apreensão na casa do presidente da Aprosoja Brasil, Antonio Galvan, em Sinop, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), também proibiu que o produtor rural e os demais investigados circulem até um quilometro de distância da Praça dos Três Poderes, onde grupo planejava realizar protestos contra o STF no dia 7 de setembro. Além de Galvan, a operação desta sexta-feira (20) teve como alvos o cantor Sérgio Reis, o deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ) e outras sete pessoas.

Leia também:
Presidente da Aprosoja é alvo de operação da PF contra ataques à democracia; Sérgio Reis e deputado também investigados

Na decisão, divulgada pelo O Globo, o ministro afirmou que os investigados pretendem abusar “dos direitos de reunião, greve e liberdade de expressão, para atentar contra a Democracia, o Estado de Direito e suas Instituições”, “inclusiva atuando com ameaça de agressões físicas”.

As medidas foram solicitadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em um novo inquérito que chegou à Corte na última segunda-feira (16). Moraes afirma que, segundo a manifestações do órgão, o objetivo dos investigados, é dar um “ultimato” no presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM), invadir o prédio do Supremo, “quebrar tudo” e retirar os magistrados dos respectivos cargos “na marra”.

Além de presidir a Aprosoja Brasil, Galvan era um dos principais líderes do “Movimento Brasil Verde e Amarelo”, que organiza as manifestações do Dia da Independência. Os agentes da PF estiveram na casa do produtor, em Sinop. Ele não estava em casa e o cumprimento das ordens foi acompanhado pela sua filha.

O objetivo das medidas é apurar o eventual cometimento do crime de incitar a população, através das redes sociais, a praticar atos violentos e ameaçadores contra a Democracia, o Estado de Direito e suas Instituições, bem como contra os membros dos Poderes.

Segundo a colunista da Folha de São Paulo, Mônica Bérgamo, Sergio Reis almoçou com Bolsonaro e com o presidente da Aprosoja (Associação Brasileira dos Produtores de Soja), Antonio Galvan, na semana em que convocou o movimento do 7 de setembro em Brasília.

Após a reunião, disse que o grupo financiaria o movimento de 7 de setembro contra a Corte. A Aprosoja, que não havia se manifestado até então, soltou uma nota dizendo-se a favor da democracia. 

Segundo 'O Antagonista', a Aprosoja - com Galvan no comando - virou uma espécie de canal rural de ativistas do bolsonarismo. Em maio, ajudou a organizar e financiar um comício do presidente-candidato em Brasília. Nem todas as sucursais concordaram em participar do caixa, o que levou Bolsonaro a recorrer a Galvan.

Além de Galva, do deputado Otoni de Paula e do cantor Sérgio Reis, também são investigados cantores Marcos Antônio Pereira Gomes, conhecido como “Zé Trovão”, e Eduardo Araújo, Wellington Macedo de Souza, Alexandre Urbano Raitz Petersen, Turíbio Torres, Juliano da Silva Martins e Bruno Henrique Semczeszm.
Imprimir