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MPE aponta que servidor do TCE foi aliciado por empresa para auxiliar em representação sobre transporte intermunicipal

Da Redação - Arthur Santos da Silva

Investigações promovidas pelo Ministério Público (MPE) revelaram que pessoa identificada como Raphael Vargas Licciardi foi aliciado por representantes da empresa Verde Transportes. Aliciamento ocorreu para que o servidor pudesse auxiliar em demandas que tramitavam junto ao Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT). Informação consta em ação proveniente da Operação Rota Final, processo proposto na sexta-feira (21).

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Licciardi, segundo os autos, ocupou cargo comissionado no gabinete do conselheiro José Carlos Novelli. O auxílio teria ocorrido em Representação de Natureza Externa protocolada por Pedro Satélite e Dilmar dal Bosco.
 
Licciardi ingressou no órgão de controle externo em 2013 por meio da FAESPE (Fundação de Apoio ao Ensino Superior Público Estadual), para exercer a função de auxílio à pesquisa. Na prática, também assessorava aos conselheiros, sendo que entre 2015 e 2017 trabalhou no gabinete de José Carlos Novelli, relator da representação externa que tramitou de novembro de 2016 até abril de 2017.
 
“Com efeito, restou identificado que o ex-servidor do TCE/MT, tratado pelo apelido de “Rafael Jacarezinho”, tinha vínculo pessoal com Max Willian, responsável pela intermediação das ações e pagamento articulado com os demais representantes da Verde Transportes”, afirma o MPE.
 
As contribuições de Licciardi para com os interesses do grupo empresarial foram reveladas nas diversas conversas mantidas via whatsApp. Quando da propositura, por exemplo, o servidor reforçou que o processo tinha acabado de ingressar no gabinete e que se tratava de “informação privilegiada”, pois somente ele tinha conhecimento disso, se propondo, inclusive, a levá-lo “pra vcs verem”.
 
Conforme o MPE, além de colaborar no monitoramento do processo e com informações sobre o perfil do colega que o analisaria, Raphael Licciardi ainda ajudou na elaboração do pedido de reiteração da medida cautelar que foi protocolado em  dezembro de 2016 através de Dilmar dal Bosco e Pedro Satélite.
 
O órgão ministerial aponta que Raphael Vargas Licciardi recebeu R$ 5 mil pelos serviços prestados.
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