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Empresário alvo de mandado de prisão em Brasília está viajando e deve se entregar, diz defesa

Da Redação - Arthur Santos da Silva

O empresário Eder Pinheiro, ligado à empresa Verde Transportes, está sendo alvo de mandado de prisão na terceira fase da Operação Rota Final, deflagrada nesta sexta-feira (14). O advogado Ricardo Monteiro, que atua em defesa de Eder, explicou ao Olhar Jurídico que a prisão ainda não foi cumprida. Seu cliente está viajando, mas deve se entregar ainda na data de hoje.

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“Ainda não tive acesso à decisão. Ele mora em Brasília. Tentaram cumprir lá, mas ele está viajando”, ressaltou o advogado. Segundo defesa, novas informações serão divulgadas somente após contato com os autos.
 
Na manhã desta sexta, o Ministério Público do Estado de Mato Grosso, por meio do Núcleo de Ações de Competência Originária (NACO) e do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (GAECO), deflagrou em atuação compartilhada  a terceira fase da operação, que busca apurar  crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e fraude a licitação do setor de Transporte Coletivo Rodoviário Intermunicipal de Passageiros de Mato Grosso (STCRIP-MT), promovida pela Secretaria de Infraestrutura do Estado de Mato Grosso e  Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados (AGER-MT) .  
 
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas residências de um deputado estadual (Dilmar Dal Bosco), um suplente de deputado estadual (Pedro Satélite) e de uma assessora parlamentar, suspeitos de envolvimento no esquema.
 
Os agentes policiais também devem impor o uso de tornozeleira eletrônica no representante do Sindicato dos Empresários do Setor de Transporte Intermunicipal de Passageiros (SETROMAT), que, por sua vez, está proibido de se ausentar do Estado de Mato Grosso, frequentar alguns órgãos públicos e manter contato com outros investigados.   
 
Está sendo cumprida, ainda, ordem de sequestro judicial de bens dos investigados até o montante de R$ 86 milhões de reais, abrangendo vários imóveis, duas aeronaves (aviões), vários veículos de luxo, bloqueio de contas bancárias e outros bens necessários ao ressarcimento do prejuízo acarretado pela prática dos crimes. 
 
A investigação, iniciada na Polícia Judiciária Civil do Estado de Mato Grosso, foi encaminhada, com autorização do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso (TJMT), ao GAECO-MT em meados de 2019, onde foi concluída pelas autoridades policiais do Grupo Especializado, com supervisão do NACO Criminal. O Inquérito policial possui 47 volumes de elementos de informações. Mais de 20 (vinte) pessoas são investigadas, dentre eles alguns empresários e dois parlamentares estaduais.  
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