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Notícias / Criminal

Justiça libera hotel, prédio e R$ 200 mil apreendidos de Arcanjo em operação contra jogo do bicho

Da Redação - Wesley Santiago/Fabiana Mendes

A juíza Ana Cristina Silva Mendes autorizou a liberação dos bens do ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro, apreendidos durante a ‘Operação Mantus’, que desmantelou duas organizações ligadas ao Jogo do Bicho, a ELLO/FMC e a Colibri, que seria liderada pelo ex-comendador. Entre eles está o Colibri Palace Hotel, em Tangará da Serra; um prédio no bairro Baú, em Cuiabá e mais de R$ 200 mil em espécie.

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Em decisão de agosto, a magistrada negou a liberação dos bens apreendidos no Colibri Palace Hotel (R$ 1.190 em espécie; notebook; notas promissórias; entre outros), já que há fortes indícios de que eles tenham envolvimento com os delitos apurados na operação.
 
Por outro lado, a juíza resolveu liberar diversos bens apreendidos na casa de João Arcanjo Ribeiro, como: celulares; relógio Rolex; R$ 202.273,00 em espécie e um imóvel no bairro Miguel Sutil, em Cuiabá.
 
A magistrada autorizou também, em decisão de setembro, a liberação do prédio que fica localizado no bairro Baú, em Cuiabá; do Colibri Palace Hotel, localizado no Centro de Tangará da Serra e também de uma caminhonete (Toyota Hilux), a qual João Arcanjo Ribeiro comprovou ser de sua propriedade.
 
Ainda no mesmo pedido, a defesa também havia requerido a liberação dos R$ 99.550,00 apreendidos durante a ‘Operação Mantus’. Porém, a juíza negou. Isso porque os documentos apresentados não comprovaram a propriedade de Arcanjo, visto que foi apreendido no ambiente em que também morava Giovanni Zem Rodrigues, que é corréu e genro do ex-comendador.
 
Na decisão, a magistrada ainda cita que o Ministério Público manifestou-se dizendo que o montante é expressivo e sequer compatível com os ganhos declarados imposto de renda, além de não haver em sua declaração a existência de dinheiro em espécie guardado em sua residência.
 
No último mês de maio a Segunda Câmara Criminal do TJMT proveu habeas corpus em nome do ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro, determinando trancamento de ação penal proveniente da Operação Mantus, que investigou suposta nova participação em esquema do jogo do bicho.
 
A citada operação chegou a prender Arcanjo durante o ano de 2019. A decisão pelo trancamento foi estabelecida por maioria. A defesa argumentou que não existiam elementos nos autos que pudessem gerar ação penal. O processo segue contra outros réus.
 
Em despacho do último dia 17 o juiz Jorge Luis Tadeu cumpriu a decisão do TJMT e trancou a ação.
 
"O E. Tribunal de Justiça de Mato Grosso, em decisão proferida no Habeas Corpus [...], confirmou a liminar, anteriormente concedida, determinando o trancamento desta ação penal em relação ao réu Arcanjo Ribeiro, bem como, concedeu a liberação dos bens constritos nos autos [...], exceto os bens comprovadamente de origem ilícita e outros que estejam com ordem judicial diversa".
 
Mantus
 
A Operação Mantus, do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), desmantelou duas organizações ligadas ao Jogo do Bicho, Colibri e a ELLO/FMC.  Ao todo, 33 pessoas foram denunciadas. Conforme o Gaeco, as duas organizações disputam espaço desde 2017.
 
A Colibri supostamente seria liderada por João Arcanjo Ribeiro. Ele chegou a ser denunciado, mas conseguiu se livrar do processo no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).
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