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Advogado cita patrimônio e critica fiança de R$ 52 mil: 'poderia ser fixada em valor superior'

Da Redação - Arthur Santos da Silva

O advogado Helio Nishiyama, que representa a família da jovem de 14 anos morta com um tiro na cabeça no Condomínio Alphaville, em Cuiabá, criticou a nova fiança imposta ao empresário Marcelo Martins Cestari. O valor, que chegou a R$ 209 mil, mas foi suspenso em decisão do Tribunal de Justiça (TJMT), agora alcança o montante de R$ 52 mil, conforme decisão do juiz João Bosco Soares datada. “Ao meu ver a fiança poderia ser fixada em valor superior”, afirmou o advogado ao Olhar Jurídico.

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Segundo Nishiyama, a argumentação do empresário acusado, de que seu negócio está passando por severa dificuldade de liquidez financeira em período de pandemia, alcançando prejuízo de R$ 636 mil em 2020, não serve para flexibilizar o valor. “A alegada crise financeira não impede a fixação de valor superior, tendo em vista o patrimônio do flagranteado (que independe da faturamento da empresa)”, explicou ao Olhar Jurídico .
 
Marcelo Martins Cestari é o pai da jovem acusada causar o tiro supostamente acidental em face da adolescente Isabele Guimarães Ramos. No dia da ocorrência, a polícia encontrou sete armas de fogo na residência de Cestari, das quais duas não contavam com o devido registro, motivo pelo qual houve voz de prisão.
 
Helio Nishiyama ainda explicou ao Olhar Jurídico que cabe ao Ministério Público recorrer do valor, caso entenda que o montante não atenda ao contexto. O promotor de Justiça  Marcos Regenold Fernandes, que atua no caso, foi ouvido pela reportagem e disse que ainda estudava a decisão.
 
O advogado Ulisses Rabaneda, que atua na defesa de Marcelo Martins Cestari, se mostrou satisfeito coma fiança estipulada em R$ 52 mil e disse que não vai oferecer novos recursos em busca da redução.
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