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Notícias / Criminal

Advogado é apontado como um dos líderes de organização que emitiu R$ 337 milhões em notas frias

Da Redação - Arthur Santos da Silva/ Da Reportagem Local - Wesley Santiago

O advogado Anilton Gomes Rodrigues, preso nesta quarta-feira (9) durante a Operação Fake Paper, é apontado como um dos líderes de uma organização criminosa criada para o cometimento de crimes tributários. Detalhes estão sendo expostos pela Polícia Civil.
 
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Anilton também foi alvo de busca e apreensão. Conforme mandado, o objetivo é apreender documentos em geral (agendas, cadernos, anotações, extratos, recibos, notas fiscais, computadores, aparelhos celulares e mídias eletrônicas). As buscas foram realizadas em três endereços.
 
A expectativa é levantar evidência que apontem a identidade de mais pessoas envolvidas e mais detalhes sobre o método de operação da suposta organização criminosa. As informações contas em mandado  assinado pelo juiz Jorge Tadeu, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá.
 
A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz) deflagrou nesta quarta a Operação Fake Paper para cumprimento de nove mandados de prisão preventiva e 16 de busca e apreensão por crimes contra a administração pública.
 
A ação policial apura uma organização criminosa que através de falsificação de documento público, falsificação de selo ou sinal público e uso de documento falso promoveu a abertura de empresas de fachada, visando disponibilizar notas fiscais frias para utilização de produtores rurais e empresas nos crimes de sonegação fiscal. Além disso, o esquema possibilitou a prática de crimes não tributários, como a fraude a licitação, ou mesmo 'esquentar' mercadorias furtadas ou roubadas.
 
O delegado Sylvio do Vale Ferreira Junior, que preside as investigações, ressalta que a emissão de notas fiscais frias interfere negativamente na base de dados da Sefaz-MT. “Distorcendo as informações sobre produção econômica do estado e, consequentemente, na composição de índices do Fundo de Participação dos Municípios, e no cálculo do Fundo de Participação dos Estados, causando efeitos devastadores ao estado”.
 
A Secretaria de Fazenda de Mato Grosso constatou que, juntas, as empresas Rio Rancho Produtos do Agronegócio Ltda. e Mato Grosso Comércio e Serviços e a B. da S.. Guimarães Eireli emitiram R$ 337.337.930,11 milhões em notas frias, gerando um prejuízo alarmante ao Estado.
 
Os mandados estão sendo cumpridos em sete cidades de Mato Grosso: Cuiabá, Tangará da Serra, Campo Novo dos Parecis, Barra do Bugres, Canarana, Sorriso e Juína.
 
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