Oficial de Justiça comunicou na quinta-feira (18) ao juiz Bruno D’Oliveira Marques, da Vara Especializada em Ação Civil Pública e Ação Popular, sobre a impossibilidade de avaliar imóvel em nome do empresário e delator premiado na Operação Ararath, Junior Mendonça, alvo de indisponibilidade para garantir bloqueio judicial de R$ 4 milhões.
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Junior Mendonça alegou recentemente excesso de indisponibilidade. Para constatar se há excesso, o magistrado determinou avaliação sobre o bem bloqueado, um lote de terreno urbano, com uma área de 14.200 m², matriculado no Primeiro serviço Notarial e de Registro de Imóveis de Várzea Grande.
Segundo oficial de Justiça, não foi possível avaliar o imóvel por falta de indicação da localização. “Não consta nenhum ponto de referência do imóvel nem os limites dos imóveis confinantes”, afirma trecho da comunicação. Bruno D’Oliveira já havia comunicado que aproximadamente 8.700 m² estão em Zona de Conservação e Proteção Ambiental.
Na ação, o Ministério Público descreve a atuação da organização criminosa instalada no alto escalão dos poderes Executivo e Legislativo de Mato Grosso e que é objeto de investigações iniciadas em 2014, na Operação Ararath. Entre as irregularidades já identificadas está a negociação de cadeiras no Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT).
São alvos do processo, além de Junior Mendonça, o ex-ministro da Agricultura, Blairo Maggi, o ex-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa e Sergio Ricardo, Alencar Soares Filho, Éder de Moraes Dias, Humberto Melo Bosaipo, José Geraldo Riva e Leandro Valoes Soares.