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Há 40 mil mandados de prisão em aberto em Mato Grosso, aponta Coplan

Da Redação - José Lucas Salvani

Segundo a Coordenadoria de Planejamento do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (Coplan-MT), no Estado há uma estimativa de pelo menos 40 mil mandados de prisão em aberto. No total, há também 12.453 reeducandos em todo o estado. Os dados foram apresentados em reunião do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário (GMF) com o Governador Mauro Mendes (DEM).

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Do número total de pessoas presas, 51% são referentes à prisão provisórias enquanto 49% são condenados. Os mais de 12 mil reeducandos, inclusive, estão dispostos em unidades prisionais com capacidade total de 6.329 vagas.

Há também 3.239 presos do regime semiaberto que são monitorados por tornozeleira eletrônica e uma estimativa de 40 mil mandados de prisão em aberto. Dentre toda a população carcerária do Estado, há 2.603 presos que trabalham e 2.850 que estudam.

Além da apresentação dos dados, foram propostas na reunião a construção de uma unidade penitenciária destinada ao regime semiaberto, a viabilização de um espaço exclusivo para o trabalho de reeducandos no Distrito Industrial de Cuiabá e um reestudo para dar cumprimento à lei que prevê reserva de vagas de emprego a reeducandos por empresas que contratam com o setor público.

A saúde dos reeducandos, modalidades de educação e cursos profissionalizantes também foram assuntos debatidos em meio a reunião. O juiz-coordenador do Grupo, Geraldo Fidelis, fala que “não há como falar em combate à violência se não houver investimento no sistema penitenciário. É uma complexidade de problemas que, somente unidos com vários participantes, em um conselho como o GMF, para podermos desconstruir o sistema de violência e de crimes que existe hoje em dia”.

"Se existe um problema, não adianta fazer de conta que ele não existe. Quando você abandona, ele aumenta de tamanho e cria problemas maiores ainda. Precisamos encarar essa situação, termos noção clara e absoluta da realidade e, sem perder a perspectiva as condições financeiras do Estado, precisaremos produzir novas soluções para os velhos problemas", afirmou o governador Mauro Mendes.
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