Imprimir

Notícias / Criminal

Bicheiro confirma agressão, nega contato com Arcanjo e diz que advogado o convenceu registrar BO

Da Redação - Wesley Santiago/Da Reportagem Local - Carlos Gustavo Dorileo

O suposto dono de ponto de jogo do bicho, Alberto Jorge Toniasso, compareceu nesta quinta-feira (13) ao Fórum de Cuiabá para prestar explicações com relação a denúncias feitas por ele contra o ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro, registradas em um boletim de ocorrências, que foram contestadas pelo comendador, no mês passado. Alberto confirmou as agressões, negou contato com Arcanjo e revelou que um advogado o convenceu a registrar o BO.

Leia mais:
Bicheiro que fez acusações contra Arcanjo é intimado para explicar suposta agressão
 
Durante a audiência, Alberto afirmou que nunca teve contato com Arcanjo, mas confirmou que esteve em seu escritório para uma conversa. Quando chegou, teve sua “máquina de cartão” quebrada por alguém e também levou um tapa no rosto.
 
Alberto voltou a reiterar que nunca falou de João Arcanjo e que foi procurado por um advogado que o aconselhou a registrar um boletim de ocorrências: “Onde eu fui, era o escritório do genro do Arcanjo, mas eu nunca o vi”. Por fim, explicou que não sabe como a história do envolvimento dele surgiu.
 
A audiência com o juiz Geraldo Fidelis, na 2ª Vara Criminal, foi rápida e o magistrado resolveu não aprofundar nos questionamentos. Arcanjo esteve presente acompanhando todo o depoimento.
 
Denúncia
 
De acordo com a denúncia, quando estava preso Arcanjo daria ordens através de seu genro. Porém, quando solto, retornou ao total comando. Um concorrente do ex-bicheiro teria introduzido o jogo do bicho em alguns pontos de Mato Grosso e Arcanjo e sua quadrilha, com objetivo de dominar o mercado novamente, supostamente teriam ameaçado de morte os concorrentes.
 
Toniasso teria sido ‘convidado’ a ir até o escritório onde Arcanjo trabalha atualmente. Ele disse que chegando lá foi obrigado a entregar a máquina de apostas, que foi lançada no chão e destruída. Ainda teria sido advertido que não poderia continuar atuando, já que a ‘Colibri’ seria a dona do mercado.
 
Nesta mesma data, o vendedor teria sido agredido dentro da sala e depois obrigado a sair de carro com algumas pessoas, entre elas um dos seguranças de João Arcanjo.
 
Estas alegações, no entanto, foram contestadas por Arcanjo e seu genro, Giovani Zen Rodrigues, na audiência do dia 2. O ex-bicheiro afirmou que ficou sabendo que Toniasso teria procurado Giovani para oferecer um ponto de jogo do bicho, mas que seu genro teria recusado. Rodrigues reforçou esta versão.
 
“Eu trabalho nas empresas da família e nesse dia me procurou uma pessoa que é conhecido desse senhor Alberto. Perguntou se eu poderia receber Alberto, não sabia o assunto. Recebi ele no meu escritório, no horário comercial, onde trabalham 30 pessoas. Ele veio pedir para mim, para ver se eu tinha interesse em pontos de jogo do bicho. Eu disse que ele estava enganado, porque a gente não trabalha com isso. Expulsei ele".
Imprimir