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Empresário relata sofrer ameaças de morte em represália por colaborar com Justiça na Rêmora

Da Redação - Lázaro Thor Borges/Reportagem Local - Paulo Victor Fanaia

O empresário José Carlos Pena da Silva, responsável pela gravação de um vídeo em que o delator Giovani Guizardi aparece recebendo propina, contou que o seu escritório foi depredado e que ele vem sofrendo represálias por ter decidido colaborar com a Justiça. Pena também explicou, durante audiência nesta quinta-feira (01), que vem sofrendo ameaças anônimas.

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Além dos ataques ao escritório, Pena também contou que já teve o carro atingido duas vezes por um veículo estranho, o que vez com que ele perdesse o controle da direção e saísse da estrada. A juíza Selma Arruda ouviu os relatos e pediu ao Gaeco celeridade na solução do problema.

José Carlos é um dos empresários que aceitou colaborar com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) durante a Operação Rêmora. Ele é testemunha na ação, mas chegou a participar de reuniões para tratar da distribuição de contratos da Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT) em troca de propina. O empresário também contou à juíza Selma Arruda que em uma das reuniões descobriu que existia uma taxa de 5% e depois 3% pelos contratos.

No encontro, o empresário também relatou ter recebido um papel amarelo com a indicação do nome de Giovani Guizardi, à quem ele deveria ligar para agendar reunião e receber as instruções do esquema. Posteriormente, ouviu que os pagamentos de sua obra seriam facilitados se ele aceitasse pagar o montante exigido pelo grupo criminoso.

"A gente falava que não queria participar, não queria participar, aí vinham as penalidades e todo tipo de pagamento era atrasado", explicou ele.     

Veja vídeo com trecho do depoimento:      
    
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