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Paulo Paim pede ao governo que não envie ao Congresso a reforma da Previdência
Agência Senado
O senador Paulo Paim (PT-RS) pediu ao governo federal que não mande para o Congresso Nacional a proposta de reforma da Previdência. No seu entender, “mexer nisso agora vai complicar a vida de todos nós, inclusive do governo”.
Paim lembrou que há cerca de cinco meses foram aprovadas mudanças no setor. À época, foi fixada a idade mínima para a aposentadoria das mulheres, em 55 anos, e a dos homens, em 60 anos. Para o senador, não se pode mexer nas aposentadorias toda vez que o país passa por uma crise econômica.
O senador voltou a dizer que não é verdade que a Previdência seja deficitária, acrescentando que o setor tem um superávit médio de R$ 50 bilhões por ano. Os bancos que querem privatizar a Previdência estão de olho nesse dinheiro, afirmou o senador.
Paulo Paim ressaltou ainda que, de acordo com pesquisa da Central Única dos Trabalhadores, oito de cada dez brasileiros rejeitam a reforma da Previdência.
— A mulher, da área pública ou privada, que agora se aposenta aos 55, vai passar para 65, dez anos a mais; e o homem, de 60, para 65; o homem é penalizado com cinco anos, e a mulher com dez anos, conforme dizem, porqu ainda não chegou nada oficialmente — disse Paim.
Paulo Paim informou ainda que, nos dias 18 e 19, participou de audiências públicas em Cuiabá, no Mato Grosso do Sul, e Campo Grande, no Mato Grosso, sobre terceirização, trabalho escravo e reformas previdenciária e trabalhista. Do evento, saiu uma carta de repúdio a propostas que imponham mais sacrifícios aos brasileiros.