De acordo com a declaração de bens do ex-deputado federal Pedro Henry (PP), feita à Justiça Eleitoral, o seu patrimônio é avaliado em R$ 1.423.107,17. No entanto, Henry ainda não pagou a multa imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF), no valor de R$ 1,3 milhão. (
Confira aqui a declaração de bens)
A reportagem apurou que o ex-parlamentar tem até o dia 27 deste mês para pagar a multa determinada pelo Supremo pela sua condenação na Ação Penal 470 – o Mensalão. De acordo com a Vara de Execuções Penais, ele foi citado e intimado na sexta-feira (14), porém o prazo começou a contar a partir de segunda-feira (17).
A determinação é do juiz da Segunda Vara de Execuções Penais de Cuiabá, Geraldo Fidelis. Caso Henry não possua dinheiro para pagar o montante, ele poderá solicitar o parcelamento do débito.
Ministro de MT, Gilmar Mendes quer apuração das doações para pagamento de multas dos mensaleiros
Henry já está cumprindo a pena de sete anos e dois meses em um anexo da Polínter, localizado no bairro Centro América, na Capital. O ex-parlamentar foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. No esquema, tinha o papel de receber dinheiro em troca de apoio ao governo do então presidente Lula, conforme denúncia da Procuradoria-Geral da República.
Diferente de outros condenados do “Mensalão” – José Dirceu, José Genoíno e Delúbio Soares – Henry não iniciou nenhuma campanha para arrecadar doações para pagar a multa. O ministro mato-grossense do STF, Gilmar Mendes, afirmou que a arrecadação de doações para ajudar condenados no mensalão a pagar multas fixadas pela Corte "sabota" e "ridiculariza" o cumprimento das penas.
O ex-deputado, que é médico, está trabalhando no Hospital Santa Rosa, com um salário de R$ 7,5 mil por mês, por oito horas diárias de trabalho.
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