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Quinta-feira, 18 de abril de 2024

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Operação tentáculos

Acompanhado por advogados, Filadelfo se entrega na Delegacia de Capturas de Cuiabá

Foto: Reprodução

Acompanhado por advogados, Filadelfo se entrega na Delegacia de Capturas de Cuiabá
O empresário do ramo da mineração Filadelfo dos Reis Dias, acusado arquitetar plano para assassinar seu ex-sócio, se apresentou na Delegacia de Capturas de Capital, no início da tarde desta terça-feira (23), acompanhado de seus advogados.

O empresário estava com mandado de prisão preventiva decretado desde quarta-feira (17) pelo desembargador da Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, Rondon Bassil Dower Filho, sob alegação de vasto histórico de não colaborar com a Justiça quando solicitado.

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Filadeldo havia sido preso em operação do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), no dia 24 de março, junto de mais sete pessoas, sob acusação de ter arquitetado uma tentativa de assassinato contra um ex-sócio e outro empresário do ramo de mineração.

De acordo com advogado Ulisses Rabaneda, Filadelfo nunca se esquivou de prestar qualquer tipo de esclarecimento à Justiça, conforme alegou o desembargador Rondon Bassil na decisão que cassou a o habeas corpus concedido pela desembargadora Maria Helena Póvoas horas depois da prisão do empresário.

“Ele se apresentou no início da tarde em cumprimento ao mandado de prisão e mais uma vez no sentido de que nunca se furtou de contribuir com Justiça e de prestar qualquer tipo de esclarecimento quando solicitado. Agora a defesa vai analisar para ver quais os passos seguintes irá tomar”, disse Rabaneda.

Segundo Rabaneda, o empresário possui curso superior, portanto, tem direito à cela especial. Caberá ao delegado da Polinter determinar onde Filadelfo ficará preso.

O desembargador afirma em seu despacho que a prisão do empresário se faz necessária para a manutenção da ‘ordem pública’ e para conseguir que ele realmente colabore com a Justiça.

“Segundo o impetrante, o paciente não se furtou de qualquer notificação ou intimação pela autoridade policial, mas não é o que se extrai dos autos. Há despacho exarado pela digna autoridade policial, revelando que nas datas 11.12.2012 (terça-feira), 29.01.2013 (terça-feira), 30.01.2013 (quarta-feira), 01.02.2013 (sexta-feira), 05.02.2013 (terça feira) e 08.02.2013 (sexta feira), os policiais civis estiveram no endereço do paciente, mas não conseguiram proceder a sua intimação, obtendo sempre a informação de seus funcionários, de que estaria viajando”, afirma o magistrado.

Ainda segundo o desembargador, verifique-se que os dias em que o paciente não foi encontrado para sua intimação, e que de acordo com informação obtida em seu endereço comercial estaria viajando a negócios, sem falar dos demais dias, recaíram em duas sextas feiras, dias tais, que o impetrante indicou que de regra, o paciente estaria nesta capital.
“questiona-se, então, sobre as informações prestadas pela defesa quanto à rotina laboral do paciente: seriam confiáveis? ou o paciente se esquivou das intimações?”, indagou.


Atualizado às 16h45

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