A advogada Andressa Alves de Souza, presa no dia 1º de outubro deste ano durante a Operação Laço Oculto, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), foi transferida para o Presídio Feminino Ana Maria do Couto, em Cuiabá. Ela é acusada de repassar informações de uma liderança da facção Comando Vermelho, que está presa, para outros integrantes da organização criminosa.
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Desde a sua detenção, Andressa estava custodiada em uma cela da Polícia Civil de Mato Grosso, que não possui a estrutura adequada para abrigá-la, já que, por ter ensino superior completo, ela tem direito a permanecer em uma cela de “estado maior”. Atualmente, a única unidade feminina que atende a esses requisitos no estado é a de Cuiabá.
Inicialmente, a operação — que contou com apoio das forças de segurança de Goiás — previa a transferência da advogada para uma unidade prisional naquele estado. No entanto, por decisão judicial, ela permanecerá detida em Mato Grosso.
As investigações apontam que a advogada repassava mensagens e orientações do detento a outros integrantes da facção, além de recolher valores em dinheiro provenientes de atividades ilícitas. De acordo com o Ministério Público de Mato Grosso, as condutas ultrapassavam os limites constitucionais do exercício da advocacia.
O preso com quem Andressa mantinha contato é apontado como criminoso de alta periculosidade, com forte influência tanto em Mato Grosso quanto em Goiás.